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Geral

Venda de carne à Europa vai esbarrar na rastreabilidade

Sandra Luz/Campo Grande News - 30 de junho de 2008 - 19:09

A habilitação do Paraná e São Paulo para exportação de carne bovina in natura à União Européia significa mais uma estratégia política que sinalização efetiva do fim do embargo ao produto brasileiro. A avaliação é do presidente da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul), Laucídio Coelho Neto.

Para Laucídio, é preciso lembrar que a exportação depende da rastreabilidade e, somente fazendas certificadas estarão aptas a vender para os europeus. Com a sinalização da União Européia, o Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) começa imediatamente a auditoria nas propriedades inseridas no Sisbov (Sistema de Rastreabilidade da Cadeia Produtiva de Bovinos e Bubalinos).

A exigência da certificação deve ter leve impacto para as vendas de Mato Grosso do Sul, que tem São Paulo como um dos principais compradores, afirma Laucídio. Na avaliação do diretor da Famasul (Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), Eduardo Riedel, o mercado da carne está globalizado e o Estado integra a escala nacional, por isso a liberação para os paulistas deve contribuir nas vendas locais. “O mercado está aquecido e a demanda é grande do ponto de vista global”, traduz.

Mas os ânimos dos pecuaristas de Mato Grosso do Sul também dependem da certificação do Estado como área livre de febre aftosa com vacinação, prevista para julho. Na lanterna da certificação, o Estado assiste a habilitação do Paraguai para a venda de carne ao bloco europeu. Tendo a sanidade animal em constante questionamento, em especial pelos brasileiros, o Paraguai apresentou relatórios de excelente qualidade à OIE (Organização Internacional de Saúde Animal), segundo Laucídio Coelho. “E vale é o que está no papel”, diz.

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