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Veja como foi sexto dia de paralisação dos caminhoneiros

Agência Brasil - 27 de maio de 2018 - 09:20

Os protestos dos caminhoneiros nas rodovias do país chegaram neste sábado (26) ao sexto dia. Mesmo após o governo federal ter autorizado o uso de forças de segurança para desobstruir as vias, a categoria permaneceu bloqueando parte das estradas e com caminhões parados nos acostamentos. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) está multando quem se recusa a sair da pista e policiais estão escoltando caminhões-tanque das refinarias até seu destino final.

Na maior parte das grandes e médias cidades, a frota do transporte público foi reduzida de 30% e 40%. Os atendimentos hospitalares se limitaram às emergências e às ambulâncias. Marcações de consulta e cirurgias foram adiadas. Em algumas cidades, como Brasília, os postos estão voltando a ter combustíveis, mas as filas de motoristas continuam enormes. Em São Paulo, muitas estradas permanecem bloqueadas e o combustível é suficiente somente até segunda-feira para os serviços essenciais. A polícia e governo estadual negociam a liberação das rodovias.

Veja como foi o sexto dia de paralisação dos caminhoneiros:

São Paulo
O governador Márcio França anunciou a suspensão da cobrança do eixo suspenso, usado pelos caminhões que trafegam sem carga total, nos pedágios das rodovias paulistas. A medida faz parte de um pacote de medidas negociado para a desobstrução das estradas. A interrupção da cobrança começa a vigorar a partir da 0h de terça-feira (29), prazo negociado pelos líderes dos caminhoneiros para liberação das rodovias, principalmente trechos da Régis Bittencourt (que liga aos estados do Sul) e do Rodoanel (que interliga rodovias na região metropolitana paulista). França prometeu ainda retirar as multas aplicadas pela Polícia Rodoviária aos caminhoneiros parados nas rodovias.

Já o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, disse que o combustível para a maior parte dos serviços essenciais está garantido somente até segunda-feira (28). A prefeitura decidiu manter, por tempo indeterminado, o estado de emergência.

Guarulhos operou com 30% da frota de transporte público e amanhã (27) terá 25% dos ônibus nas ruas. Na segunda-feira (28), está prevista uma frota de 40% dos veículos. Foram suspensos serviços de zeladoria, tapa-buracos, feiras livres e coleta de lixo doméstico. A coleta de resíduo hospitalar terá prioridade nas unidades de maior movimento. O serviço funerário está garantido até quarta-feira (30).

Já Diadema suspendeu as coletas de análises clínicas e o transporte de fisioterapeutas. O recolhimento dos Ecopontos (entulho, madeira, móveis e sobra de construção) está suspenso, já que foi priorizada coleta de lixo doméstico – o combustível para remoção de lixo dura até terça-feira (29).

Rio de Janeiro
A cidade do Rio de Janeiro permanece em estágio de atenção. O Centro de Operações da Prefeitura do Rio diz que com a manutenção da greve dos caminhoneiros, o desabastecimento de combustível “afeta drasticamente a mobilidade no município”. Em uma escala de três, o estágio de atenção está no segundo nível e significa que um ou mais incidentes impactam, no mínimo, uma região, provocando reflexos relevantes na mobilidade.

Parte do BRT, sistema de ônibus expresso do Rio de Janeiro, voltou a funcionar, com 28 ônibus articulados em circulação. Outras linhas continuam sem funcionar. Escoltados pela polícia, cinco caminhões-tanque deixaram a Refinaria Duque de Caxias (Reduc), na Baixada Fluminense, para abastecer o BRT.

Por falta de combustível, o transporte de barcas entre o Rio e Niterói foi totalmente suspenso neste sábado.

O Exército disponibilizou um contingente de soldados para dar apoio à Polícia Militar (PM) na segurança em torno da Reduc.

O Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviário de Passageiros em Duque de Caxias e Magé informou que 259 linhas sofreram impacto e o serviço corre risco de ser interrompido. A paralisação por falta de combustível envolve dez empresas.

Brasília
O abastecimento de combustível no Distrito Federal começou a voltar e deverá estar normalizado até segunda-feira (28), segundo o Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e de Lubrificantes do Distrito Federal (Sindicombustíveis). Os postos estão com filas enormes de motoristas que aguardam para abastecer os carros. De acordo com o sindicato, o abastecimento amanhã (27) funcionará em esquema de plantão e os caminhões continuarão a ser escoltados por policiais.

O Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek operou com restrições. De acordo com a Inframerica, concessionária que administra o terminal, somente pousaram no aeroporto aviões com condições de decolar sem abastecimento. A companhia Latam trouxe um avião com combustível para abastecer seus aviões.

Para o governador Rodrigo Rollemberg, está descartada a possibilidade de decretar estado de emergência. A prioridade, segundo ele, concentra-se em saúde, segurança e transporte público. Rollemberg suspendeu a cobrança de multas de motoristas que fazem fila dupla e param nas pistas à espera do abastecimento nos postos.

Salvador
Os serviços de limpeza urbana também foram afetados em várias capitais. Em Salvador, o prefeito Antonio Carlos Magalhães Neto assegurou que os serviços funcionarão, mas não na sua totalidade.

Manaus
Em decorrência dos impactos da paralisação dos caminhoneiros, a cidade de Manaus entrou em estado de emergência. O prefeito Arthur Virgílio Neto decretou a medida por causa da falta de combustíveis na capital amazonense. O decreto ficará em vigor até a normalização do serviço de abastecimento.

Aracaju

Os caminhoneiros estacionados em vários pontos no acostamento da BR 101, no trecho que passa por Sergipe, deixaram o local após notificação de decisão judicial. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), os caminhoneiros estavam nas chamadas áreas de segurança, como pátios dos postos de combustíveis. Os manifestantes permitiram que caminhões com carga viva, medicamentos e insumos hospitalares seguissem a viagem.

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