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Vanderlei: Nuzman acredita no bom sendo da IAAF

Comitê Olímpico Brasileiro - 30 de agosto de 2004 - 10:27

ATENAS - "Os grandes homens, tomam grandes decisões, nos momentos difíceis". Esta é a expectativa do presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Arthur Nuzman, em relação ao presidente da Federação Internacional de Atletismo (IAAF), o senegalês Lamine Diack, que será o responsável por analisar a carta conjunta a ser enviada pela entidade e a Confederação Brasileira de Atletismo solicitando a revisão da decisão tomada no encerramento dos Jogos de Atenas com relação ao maratonista Vanderlei Cordeiro de Lima. O que se deseja é que a medalha de ouro também seja concedida ao brasileiro, prejudicado durante o percurso da prova ao ser atacado por um espectador no 36o. km, quando se encontrava na liderança. "Não queremos tirar o ouro do italiano. Mas o Vanderlei não pode ser penalizado", explicou Nuzman.

Os presidentes do COB, da CBAt, Roberto Gesta, e o próprio atleta concederam entrevista coletiva nesta segunda-feira, dia 30, na Casa Brasil, para anunciar as próximas ações conjuntas a serem desenvolvidas para garantir a Vanderlei a medalha de ouro. "Inicialmente, vamos mandar uma carta à IAAF dando a entidade a oportunidade de reconhecer o erro ao negar o protesto em favor do atleta", informou Nuzman. "Esperamos que, de cabeça mais fria, eles revejam a decisão", completou. Mas caso isso não seja feito, o passo seguinte será um recurso ao Tribunal Arbitral do Esporte, em Lausanne, na Suíça.

Nuzman considera um grande erro da organização dos Jogos de Atenas não ter dada as garantias de segurança a um competidor que liderava a maratona por mais de 20 quilômetros. "Não é admissível que o líder da prova não estivesse protegido por dois batedores", declarou o presidente do COB, ressaltando que o incidente embaçou a imagem dos Jogos. "Não podemos garantir que o Vanderlei iria ganhar a prova, mas ele foi visivelmente prejudicado na disputa", completou.

O Comitê Olímpico Internacional, contudo, mereceu elogios de Nuzman. Ele destacou o procedimento do presidente do COI, Jacques Rogge, que atrasou a cerimônia de encerramento dos Jogos e a de premiação da maratona para reunir o Conselho Consultivo da entidade para tratar do caso do Vanderlei. "Temos que agradecer e enaltecer o COI pelo respaldo e reconhecimento ao COB, à CBAt e ao movimento olímpico brasileiro. A entidade decidiu conceder a medalha Barão Pierre de Coubertain ao brasileiro pelo fairplay demonstrado durante a disputa", finalizou Nuzman.

Flávio Brilhante, da Assessoria de Imprensa do COB
Textual, em Atenas

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