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Valério nega ter participado de negociação de cargos

Inara Silva / Campo Grande News - 06 de julho de 2005 - 12:35

O empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, que depõe à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Correios, em Brasília, negou que tenha tratado de nomeação de cargos no governo federal com o líder licenciado do PMDB, deputado José Borba (PR). Segundo o empresário, as conversas trataram de política, mas não de nomeações. "Daqui a pouco, vão me chamar de um ministro sem pasta", declarou.
O empresário confirmou que já esteve no gabinete do presidente do PP, deputado José Janene (PR), onde se reuniu com o chefe-de-gabinete, João Cláudio Genu. Ambos são acusados de repassar o pagamento do “mensalão” a deputados do PP.

Jefferson - O empresário Marcos Valério disse que o deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) mentiu quando disse que recebeu R$ 4 milhões dele. O publicitário afirmou que nunca pegou avião com malas de dinheiro, como acusou o deputado, e afirmou que o crescimento do patrimônio de suas empresas nos últimos cinco anos é fruto apenas do trabalho e não de contatos políticos. Valério negou conhecer o ex-assessor da Casa Civil Waldomiro Diniz e o ministro da Secretaria de Comunicação de Governo, Luiz Gushiken.

Campanha - Questionado pelo deputado Eduardo Paes (PSDB-RJ), o empresário disse não saber se algum filho do presidente Lula foi contratado pela empresa Estratégia, de sua propriedade, para trabalhar em alguma campanha política. A Estratégia fez as campanhas dos candidatos petistas às prefeituras de Osasco (SP), São Bernardo (SP) e Petrópolis (RJ).

Secretária Ele acusou a sua ex-secretária Fernanda Karina Somaggio de chantageá-lo. Ela é uma das principais testemunhas de acusação ao empresário. Para demonstrar a inconsistência das denúncias feitas por Fernanda, o empresário deu o exemplo de um caso que teria ocorrido no mês passado: segundo Valério, depois de a secretária ter dado entrevista ao repórter Gilberto Mansur, da revista IstoÉ, ele apresentou documentos ao jornalista para refutar as declarações de Fernanda, e a revista "desistiu de publicar a matéria".
Após a declaração, a senadora Heloísa Helena (Psol-AL) questionou Valério se o nome completo do repórter seria Gilberto Alípio Mansur, que teria sacado R$ 300 mil da conta do empresário, segundo dados do Coaf. Valério disse não saber.

Banco Popular - O relator da comissão, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), questionou a forma do contrato da Agência DNA Propaganda, de propriedade de Valério, com o Banco Popular, que soma R$ 24 milhões – enquanto a carteira de empréstimos do banco não passa dos R$ 20 milhões, segundo a senadora Heloísa Helena (Psol-AL). O empresário não detalhou o assunto e disse apenas que a DNA venceu licitação interna do Banco do Brasil.

Casa da Moeda - O empresário também atribuiu suas reuniões com o presidente da Casa da Moeda, Manoel Severino dos Santos, à necessidade de discutir assuntos de campanha. Manoel Severino foi candidato a prefeito de Petrópolis (RJ), e Valério participou de sua campanha. Com informações da Agência Senado.

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