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Valdívia conta a sua versão sobre incidentes na Copa

Palmeiras - 12 de julho de 2007 - 08:35

A tarde desta quarta-feira foi de festa entre o elenco palmeirense na Academia de Futebol: o meia Valdivia retornou da seleção chilena e foi recebido com muito carinho pelos companheiros do grupo.

Sempre extrovertido, o camisa 10 do Verdão não perdeu a descontração e se mostrou bastante tranqüilo e seguro para falar sobre a polêmica envolvendo ele e outros jogadores do Chile durante a Copa América, na Venezuela.

Confira os principais trechos da entrevista coletiva concedida por Valdivia na tarde desta quarta-feira, na Academia de Futebol.

Episódio no Chile

"Estou bastante tranqüilo para falar sobre isso, pois muito do que foi noticiado é uma grande mentira. Nós voltamos para a concentração às 3h30 e fomos dormir, não às 5h30 como disseram. E chegamos escoltados pela polícia, que prestava segurança para a gente naquele momento. Às 7h30 acordamos para tomar café e um dos jogadores brincou com a camareira. Ela não gostou, chamou o gerente e armou uma confusão. Achou que um dos atletas ironizou ela, mas foi apenas uma brincadeira. O que mais me chocou foi como a imprensa chilena tratou do assunto. Falaram que chegamos mamados, até em abuso sexual comentaram. Isso jamais existiu. Antes de qualquer coisa, temos família, mulheres, mães. E jamais gostaríamos que faltassem com respeito com elas. Foi uma enorme farsa tudo o que aconteceu. Além disso, fica difícil assediar uma camareira baixinha e um pouco velha. Gosto de mulher bonita e loira, como minha esposa. Sou casado, estou esperando uma filha. Exijo respeito."

Imprensa chilena

"Desde que cheguei ao Brasil, sempre deixei claro que não gosto de falar com a imprensa do Chile. Lá, eles não praticam o jornalismo esportivo, mas apuram somente a vida particular do jogador. Tudo o que falei para vocês, disse a eles. Mas eles [jornalistas] pegam um entrevista que durou uma hora e transformam em cinco minutos no que interessa pra eles. Se você faz cinco gols numa partida, pouco importa. Eles vão querer saber para onde você foi à noite ou o que fez durante o outro dia. Isso me revolta. Falaram muita besteira, sem necessidade alguma, apenas para nos provocar e causar uma repercussão em cima dos nossos nomes."

Punição de 20 jogos

"Conversei com o presidente da Associação Nacional de Futebol Profissional do Chile e acho que ele me puniu com todo esse rigor porque não agüentou a pressão da mídia e da população. Ele sabe que eu não fiz nada. Nós conversamos. Mas ele deixou claro: 'não posso dar uma punição menor para você e maior para os outros'. Por isso, a punição foi igual para nós seis atletas que estávamos lá."

Mágoa

"Estou extramamente triste, pois sempre amei e respeitei minha pátria. Mas não acreditaram na nossa palavra. Foram levados pelo que falaram na imprensa. Esse castigo foi exagerado. Não se faz isso com um atleta que sempre respeitou o Chile. Falaram uma série de coisas que teríamos feito no hotel, mas tudo não passou de uma grande mentira. Toda essa repercussão do que aconteceu na Venezuela mexeu muito comigo, prejudicou minha imagem. E isso não pode ficar assim. Meu advogado já está cuidando de tudo e o que eu mais quero é que a verdade venha à tona. Estou tranqüilo quanto a tudo isso."

Seleção chilena, fim do ciclo?

"Tenho conversado muito com minha esposa sobre o fato de não jogar mais pela seleção chilena. Vou decidir isso em conjunto com minha família. O treinador e o presidente foram rígidos comigo. O castigo foi exagerado. Mesmo que me peçam desculpas, minha imagem foi arranhada por algo que não cometi. Tudo o que aconteceu no hotel foi explicado e ninguém deu ouvidos. Não merecíamos tudo isso."

Palmeiras

"Estou aqui para colocar um ponto final nesse episódio. Agora, meu pensamento está focado no Palmeiras. Aqui é minha casa, aqui é minha família. Tenho excelentes companheiros. Todos me receberam muito bem nesse meu retorno. Fico feliz em saber que sou tão querido. Em dez
meses de clube, jamais cometi um ato de indisciplina. Sempre atendi a tudo o que me foi pedido. E isso vocês podem perguntar para qualquer um aqui do Palmeiras."

Propostas

"Não estou preocupado com isso no momento. Se vieram propostas da Europa, serão os dirigentes do Palmeiras que vão decidir o que fazer. Se não aparecer nada, estou tranqüilo para brigar pelo Palmeiras por vitórias e títulos."

Repercussão no Palmeiras

"Conversei com o Toninho [Cecílio, gerente de futebol] e o Caio [Júnior] exatamente da mesma maneira que estou falando para vocês [jornalistas]. Não tenho porque esconder alguma coisa. E eu devo sempre uma satisfação a eles. Tenho o respaldo tanto do treinador quanto da diretoria. Ouvi deles que era para eu continuar o que eu sempre fiz em todo esse meu período aqui no clube."

Alemão e Michael

"Nesse tempo disputando a Copa América, muita coisa aconteceu. Mas o que me deixou mais triste foram as saídas do Michael e a morte do Alemão. O Michael era um dos meus melhores amigos aqui. Nos dávamos muito bem."

Retorno

"Fiquei seis dias sem treinar na última semana no Chile por causa de uma forte dor no pescoço. Hoje, não agüentaria jogar os 90 minutos. Se o Caio Júnior optar por mim desde o início ou apenas no segundo tempo, vou acatar da mesma maneira. Vou fazer um trabalho diferenciado esta semana para voltar ao meu ritmo ideal."




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