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Valdir confirma esquema de notas frias a juiz

Humberto Marques/Campo Grande News - 04 de junho de 2007 - 18:23

Terminou há pouco no Fórum de Cassilândia o depoimento do ex-secretário de Finanças do município, Waldimiro José Cotrin Moreira. Ele foi ouvido pelo juiz Sílvio Prado, dentro do inquérito sobre a “Operação Judas”, e afirmou ao magistrado que os empresários Aleuto Teixeira Lata (Supermercado Nevoeiro) e Euciomar Paulo de Menezes (Supermercado Três Irmãos) entregariam mensalmente notas fiscais “frias” nos valores de R$ 7 mil e R$ 5 mil, respectivamente, ao tesouro municipal. Os documentos seriam utilizados para justificar saques ilegais nos corres da prefeitura de Cassilândia.

Os nomes dos dois empresários haviam sido apontados pelo Ministério Público Estadual como participantes no esquema. Durante o depoimento, o ex-secretário confirmou também que foi proprietário de um posto de combustíveis que era fornecedor do município. Segundo ele, a empresa foi vendida por R$ 250 mil ao seu irmão, sendo readquirida recentemente.

Moreira disse, ainda, que nunca utilizou sua condição de secretário para receber pagamentos da prefeitura, uma vez que ele sempre foi um dos fornecedores que tinha mais créditos junto ao município. Ao mesmo tempo, ele confessou ter feito uma série de empréstimos com servidores acusados de participarem das ações ilegais na prefeitura. Com Orange Resende e Silva, ele teria contraído R$ 30 mil, pagando a dívida com juros de 2% ao mês e utilizando um automóvel Gol Flex para quitar o débito. Outro empréstimo teria sido efetuado junto a Jorge Kobayashi no início de 2005. O pagamento teria envolvido cheques do Fundef pagos ao posto de combustíveis – para abastecimento de veículos do transporte escolar. Um terceiro débito existiria com Luceni Quintina Correia, que comandava a tesouraria da prefeitura.

Mesmo possuindo créditos com o município, Waldimiro Moreira informou que necessitava dos empréstimos, uma vez que não vinha recebendo os valores que lhe seriam devidos. Ele disse, também, que vários secretários teriam autorização para efetuar compras; e explicou que as notas não eram emitidas no dia das compras pelo período de carência para o empenho dos valores. (Com informações do repórter João Pamplona, da Rádio Patriarca de Cassilândia)

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