Durante reunião com diretores de escola nesta tarde na Associação Nipo Brasileira, na saída para Três Lagoas, em Campo Grande, o governador André Puccinelli (PMDB) negou ter chamado os professores de vadios, mas reconheceu que ao usar o vocábulo vadiagem para se referir ao aumento das horas fora de sala de aula foi infeliz.

“Reconheço que fiz burrada Mas, eu não chamei ninguém de vadio. Quando a Agência Brasil me perguntou sobre o assunto disse que aumentar acima de 10 horas, eu considero vadiagem. (...) Me referia ao aumento das horas aula fora da sala não aos professores”, explicou.

André Puccinelli reforçou que não concorda com o aumento do tempo fora da sala para planejamento das aulas e que manterá a ADI (Ação Direta de Inconstitucionalidade) contra a medida. Pela nova legislação, o tempo de planejamento sobe para 1/3 da carga horária de trabalho do professor.

Hoje, em Mato Grosso do Sul o tempo vigente para planejamento é de 10 horas, o que André Puccinelli considera suficiente. “Hoje com todas as facilidades que se tem para pesquisar e estudar 10 horas são suficientes”, salienta.

O governador leu para os presentes cópias de dois e-mails que recebeu com ofensas à sua pessoa em razão do uso da expressão vadiagem. Uma das mensagens pede mais respeito ao governador quando falar dos professores e chama a mãe de André Puccinelli de vadia. “Esse vai apanhar de mim”, ameaçou o governador.

André não citou os autores dos e-mails, mas disse tê-los rastreados. “Já sabemos de onde veio, é de uma centralzinha”, disse sem nomear a entidade. O governador revelou que vai pedir explicações dos responsáveis pelas mensagens.