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Vacinação de cães e gatos contra raiva está mantida

Campo Grande News/ João Humberto - 09 de setembro de 2010 - 07:24

O Ministério da Saúde mantém a vacinação de cães e gatos contra a raiva em todo o país. Na avaliação do Departamento de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Vigilância em Saúde, as mortes de animais ocorridas até 4 de setembro nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte estão abaixo do esperado na literatura internacional. No dia 2 de setembro, foi notificado o primeiro caso de 2010 suspeito de raiva humana após ataque de cão. Letalidade da doença é próxima de 100%.

Desde a primeira semana de junho, 17 estados e o Distrito Federal iniciaram a vacinação, principalmente em municípios do interior, entre eles Mato Grosso do Sul, Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Maranhão, Rio Grande do Norte, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Goiás, Mato Grosso e Paraná.

Todos os estados vêm utilizando exclusivamente a vacina RAI-PET®, produzida pelo laboratório Biovet. Recomendada pela OMS (Organização Mundial de Saúde), a vacina é obtida a partir de cultivo celular e confere imunidade de um ano aos animais.

Nesses 14 estados e no Distrito Federal, foram imunizados, até 4 de setembro, 1.313.028 animais – dos quais 1.101.509 cães (80%) e 276.412 gatos (20%). Das 79 mortes informadas ao Ministério pelas Secretarias Estaduais de Saúde do Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Norte, 41 (52%) foram em cães, 25 (32%) em gatos e 13 (16%) em animais não especificados. Todos ainda estão sob investigação.

Com os dados disponíveis, a taxa de letalidade em gatos é de 0,090 mortes a cada 1.000 felinos vacinados; entre cães, é de 0,037 óbitos a cada 1.000 caninos vacinados. Segundo a literatura internacional, as taxas encontradas estão abaixo do esperado para as duas espécies.

Raiva - No último dia 2 de setembro, a Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério foi notificada do primeiro caso suspeito de raiva humana após ataque de cão. O caso foi confirmado por exame laboratorial dois dias depois. O paciente foi agredido há cerca de três meses, no município de Chaval (CE).

Imediatamente, a Secretaria Estadual de Saúde foi orientada para iniciar o Protocolo de Tratamento de Raiva Humana – o mesmo aplicado em 2008 em um paciente de Floresta (PE), que se tornou o terceiro caso no mundo a sobreviver. Até junho de 2010, um caso de raiva humana havia sido registrado, no Rio Grande do Norte, após ataque de morcego. O paciente morreu.

De 1990 a 2009, o número de casos de raiva humana, considerando todas as espécies agressoras, caiu drasticamente – de 73 para 1. A partir de 2005, a intensificação das ações de vigilância permitiu uma redução ainda mais acentuada.

A raiva é uma doença viral transmitida ao homem quando um animal infectado o morde, lambe ou arranha. Os principais transmissores são os cães, gatos, saguis e morcegos. Como não é possível imunizar animais que vivem na natureza, a campanha de vacinação de cães e gatos é a principal forma de prevenir os casos da doença em humanos, que tem letalidade próxima de 100%.

Ao identificar que cães e gatos estão com suspeita de raiva, os donos devem isolar os animais e chamar ajuda especializada, que pode ser a de técnicos do centro de controle de zoonoses local ou a de um veterinário da secretária municipal de saúde para que as providências adequadas sejam adotadas.

Caso seja detectada a presença de morcegos na região, deve ser realizada a notificação aos órgãos da saúde e agricultura local para adoção de medidas de controle e prevenção.

Campanha - Na campanha de vacinação antirrábica deste ano foram registradas 30,9 milhões doses de vacina adquiridas, R$ 24,5 milhões de reais investidos, R$ 17,1 milhões de reais repassados aos estados para operacionalizar a campanha. Ainda é meta a imunização de 28,5 milhões de cães e gatos.

No ano passado foram vacinados 23.303.282 cães e gatos no Brasil.

(Com informações do Ministério da Saúde)

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