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Vacinação contra poliomielite busca atingir meta de 95%

Agência Brasil / Gláucia Gomes, Douglas Correa, Aloisio Milani e Renato Aguiar - 16 de junho de 2007 - 18:55

Crianças com até cinco anos de idade devem receber a partir de hoje (16), nos postos de saúde do país, a dose da vacina contra a poliomielite. A previsão é imunizar cerca de 16,3 milhões de crianças contra a doença. O objetivo é atingir uma cobertura de 95% das crianças em 80% dos municípios brasileiros. Para atender a meta, hospitais, escolas, shoppings centers e igrejas servirão como pontos de vacinação. A Campanha Nacional de Vacinação Contra a Paralisia Infantil acontece em duas grandes mobilizações - hoje e no dia 25 de agosto.

Em Niterói, no Rio de Janeiro, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, abriu oficialmente a campanha na Policlínica Regional Sérgio Arouca. O ministro pediu que a população ajude em mobilizações semelhantes para enfrentar outros problemas de saúde pública. “Acho que esse é um recado é uma reflexão para a sociedade brasileira. A gente faz gente coisa num dia como hoje, tão importante. Os pais levam seus filhos com a caderneta de vacinação, atualizam o cartão e tomam as duas gotinhas ficando imunizadas contra a paralisia infantil. Vamos pensar em outras mobilizações nacionais como essa”, disse.

Em Brasília, um balanço da Secretaria de Saúde do Distrito Federal mostra que estão disponíveis 337 postos fixos e 14 postos volantes para a campanha. A meta é imunizar cerca de 234 mil crianças. No Amazonas, a primeira etapa da campanha pretende imunizar pelo menos 430 mil crianças nos 62 municípios do estado. São mais de cinco mil postos que estão funcionando em unidades de saúde, escolas, igrejas e pontos comerciais.

Para a coordenadora-geral do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Luiza de Marilac, a conscientização dos adultos é importante para o sucesso da campanha. "É importante que todas as pessoas que têm na família ou na vizinhança crianças abaixo dos cinco anos de idade lembrem e estimulem para que os responsáveis não deixem de levá-las ao posto de vacinação mais próximo de sua residência. Desta forma, garantimos a cobertura vacinal adequada", diz.

Maria Amélia dos Santos, diretora-conselheira da Associação Brasileira de Síndrome Pós-Poliomielite (Abras-SP), fala sobre a importância da vacina. Ela teve a doença na infância, quando ainda não havia a medicação. "Pais e mães devem saber que vacinar o filho é vital para que ele não sofra o que a gente sofreu. A pior coisa do mundo é você dar de cara com um médico que faz um diagnóstico que você tem pólio e depois descobrir que sua mãe não te deu a vacina", explicou.

Pais ou responsáveis devem levar o cartão de vacinação da criança. Nos postos de saúde, também estão disponíveis as vacinas contra difteria, tétano, coqueluche, meningite, sarampo, rubéola, caxumba, hepatite B e rotavirus. O último caso de poliomielite registrado no Brasil ocorreu em Souza, na Paraíba, em 1989.



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