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Vacina é mais eficaz em mulheres de 9 a 26 anos

Juliana Andrade/ABr - 29 de agosto de 2006 - 21:47

A eficácia da vacina contra o vírus HPV, relacionado a 90% dos casos de câncer de colo de útero, é maior entre mulheres com idade de 9 a 26 anos. No Brasil, cerca de 26 milhões de mulheres estão nessa faixa etária. Segundo um dos médicos integrantes da equipe que estudou a eficácia da vacina no Brasil, Gabriel Lowndes Souza Pinto, os resultados foram melhores em pessoas que não iniciaram a vida sexual e que não tiveram contato com o vírus HPV.

Aprovada ontem (28) pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a vacina foi testada em 3,4 mil pacientes, em 15 centros. As participantes do estudo foram acompanhadas durante até cinco anos após o início das pesquisas. Os resultados apontaram uma eficácia de 100% para os quatro tipos de HPV (6, 11, 16 e 18). Desses, dois tipos (16 e 18) são responsáveis por 70% dos casos de câncer de colo de útero. Os outros estão relacionados a 90% dos casos de verrugas genitais e de lesões benignas do colo do útero.

De acordo com Gabriel Lowndes, médico titular do Departamento de Ginecologia do Hospital do Câncer de São Paulo, a imunização dura pelo menos cinco anos. Mas, segundo ele, novos estudos poderão demonstrar que a vacina pode ter uma proteção ainda maior.

Conhecida como Gardasil no mercado internacional, a vacina não pode alterar o desenvolvimento de uma infecção já presente. No entanto, mulheres previamente infectadas com um tipo de HPV contido na vacina estão protegidas contra as doenças causadas pelos demais tipos. Uma pessoa infectada pelo HPV 16, por exemplo, poderá obter proteção contra os tipos 6, 11 e 18, se for vacinada.

Os homens também podem ser infectados pelo HPV, transmitido principalmente por meio de relações sexuais, e há a possibilidade de eles desenvolverem doenças como câncer de pênis e de ânus. Segundo o médico Gabriel Lowndes, também estão sendo realizados estudos para verificar a eficácia da vacina no organismo masculino.

De acordo com ele, no Brasil as pesquisas para a liberação do produto para as mulheres de 9 a 26 anos duraram pelo menos oito anos. Ainda estão em andamento estudos para avaliar a eficácia da vacina em mulheres de 27 a 45 anos de idade.

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