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Uruguai pode ficar fora da Copa por interferência política

Veja - 01 de abril de 2014 - 07:56

Cinco integrantes do Conselho Executivo da Associação Uruguaia de Futebol (AUF), entre eles o presidente Sebastian Bauzá, renunciaram nesta segunda-feira. O motivo seria uma crise que também envolve o governo do país. Na última quinta-feira, o presidente do Uruguai, José Mujica, anunciou a retirada da segurança feita pela polícia nos jogos disputados nos estádios Centenário e Parque Central, de Peñarol e Nacional, respectivamente. Mujica justificou a medida por causa dos recorrentes atos violentos das torcidas. No dia anterior, a torcida do Nacional entrou em violento choque com a polícia, após a partida contra o Newell’s Old Boys, da Argentina, pela Copa Libertadores. Cerca de 40 torcedores foram detidos e 13 agentes ficaram feridos.

Segundo o jornal El Pais, a renúncia de Bauzá pode ter ocorrido devido à pressão de um grupo de empresários ligados ao governo de Mujica. Assim, a Fifa quer investigar a possível interferência política na decisão e pode suspender a Associação Uruguaia de Futebol caso a suspeita seja confirmada, e até excluir o Uruguai da Copa do Mundo.

Na carta de renúncia do Conselho Executivo, o texto diz: “Os fatos de conhecimento público ocorrido nos últimos dias demonstram a necessidade de dar um passo atrás e permitir que outras visões políticas garantam governabilidade ao futebol.” Segundo o jornal El Pais, a decisão já havia sido tomada no final de semana.

Acordo

Na sexta-feira, Mujica se reuniu com Bauzá e dirigentes de Peñarol e Nacional. O encontro resultou em um acordo para que a rodada do final de semana fosse disputada com a atuação da polícia apenas nos acessos e arredores do estádio - e não na parte interna. O Nacional jogou fora de casa, contra o Liverpool, e perdeu por 1 a 0. O Peñarol, que jogaria no Estádio Centenário contra o Miramar Misiones, teve a partida adiada por medo de novos conflitos entre torcedores.

Horas depois do anúncio da AUF, membros da Mesa Executiva da Liga Profissional da Primeira Divisão também renunciaram. O órgão, formado por representantes dos clubes da Série A do Campeonato Uruguaio, é responsável por definir os locais de jogos da competição.

Na noite desta segunda-feira, estava marcada uma assembleia de clubes, que nomearia cinco presidentes de equipes que integrarão o novo Conselho Executivo da AUF, grupo que vai comandar o futebol uruguaio até depois da Copa do Mundo.

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