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Uréia pode ser eficaz no aumento do desempenho de bovino

Agência Notisa - 02 de fevereiro de 2005 - 09:21

Pesquisa mostra que substituição do farelo de soja por essa fonte de energia aumenta o consumo, o ganho de peso e a conversão alimentar desses animais.

A utilização de farelo de soja como fonte de proteína na alimentação de bovinos é muito comum e é uma medida muito adotada por pecuaristas. No entanto, seu custo é elevado. Por isso, muitas pesquisas têm sido realizadas com o intuito de verificar se o farelo de soja pode ser substituído por outras fontes de proteína. Uma delas é um estudo conduzido por pesquisadores da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, que tem por objetivo analisar a substituição do farelo de soja por uréia ou amiréia, que é obtida a partir de uma modificação da uréia convencional, utilizando-se o milho como fonte de amido, no desempenho de bovinos de corte em crescimento.

De acordo com artigo publicado na edição de setembro de 2004 da revista Pesquisa Agropecuária Brasileira, “foram utilizados 81 machos não castrados (27, Nelore; 27, Canchim; 27, Holandês), com peso médio inicial de 250 kg e média de 15 meses de idade”. Os animais foram alimentados com dietas contendo bagaço de cana-de-açúcar in natura como volumoso (20%) e 80% de concentrado. O período experimental durou 118 dias.

Os pesquisadores constataram que os animais alimentados com concentrados de farelo de soja apresentaram menor consumo de matéria seca, ganho de peso e pior conversão alimentar do que aqueles que receberam tratamento com uréia e amiréia. “O menor consumo de matéria seca proporcionou um menor aporte energético para o animal e, conseqüentemente, um menor ganho de peso diário”, explicam no artigo. As outras duas dietas proporcionaram aos bovinos maior desempenho, no entanto não demonstraram diferenças entre si.

Mesmo tendo demonstrado ser um técnica alimentar eficaz, a equipe alerta para os perigos que o excesso de uréia ou amiréia na alimentação dos animais pode causar: “essas fontes de proteínas apresentam rápida liberação de amônia no rúmen e, dependendo da quantidade, podem exceder a capacidade de utilização dos microrganismos. Conseqüentemente, o excesso de amônia é absorvido pela parede ruminal e, uma vez na corrente sanguínea, a amônia pode ser tóxica para o animal”.

Agência Notisa (jornalismo científico - science journalism)

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