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Universitários cobram qualidade de ensino em Corumbá

Lívia Gaertner, do Corumbá online - 17 de março de 2005 - 16:20

Vestidos com roupas pretas, em sua maioria, acadêmicos de vários cursos do Campus do Pantanal da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) realizam durante toda esta quinta-feira, 17 de março, uma manifestação por melhores condições de ensino, sobretudo no que diz respeito à contratação de professores efetivos. Em meio à cartazes com palavras de ordem, uma enorme faixa negra com reivindicações foi estendida numa estrutura do canteiro central da avenida Rio Branco, localizado em frente à entrada principal do campus.
“Queremos conscientizar a comunidade e autoridades de nossos problemas que, hoje, estão em nível preocupante e precisam de medidas urgentes”, disse Odílson Moraes de Oliveira, coordenador de formação política do Diretório Setorial dos Estudantes em Corumbá.
“A situação mais alarmante é a da falta de professores. Hoje, os substitutos, que são aqueles contratados a cada dois anos, ocupam a maior parte do quadro docente. Eles ingressam na universidade, após o lançamento de vários editais para o processo seletivo. Ou seja, abre-se concurso que tem como pré-requisito títulos de doutorado ou mestrado e, como não aparecem candidatos, inicia-se um novo processo. Desta vez, há exigência de especialização, também não surgem candidatos. O processo arrasta-se até a contratação temporária de um recém-graduado”, explicou Odílson ao relatar a causa da insatisfação da classe estudantil.
Outra questão apontada pelos estudantes, em relação aos professores substitutos, está no impedimento da realização de projetos de pesquisa e de extensão, dois dos pilares que sustentam a instituição universitária.

Outras reivindicações

Além da questão referente à contratação de professores efetivos, os acadêmicos colocaram no “pacote” de reivindicações assuntos como ativação do Restaurante Universitário, renovação do acervo bibliográfico, estrutura dos laboratórios e Casa do Estudante Universitário (CEU).
Segundo moradores do CEU - em sua grande parte estudantes vindos de outras cidades e estados - instalações elétricas precárias e falta de água figuram entre os principais problemas. Eles também são os maiores prejudicados com a extinção do Restaurante Universitário, e têm como alternativa buscar locais onde preços nem sempre são cobertos ou compensados pelo auxílio-alimentação.

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