A nova “casa” do Botafogo será mesmo o estádio olímpico João Havelange, o Engenhão. O alvinegro carioca foi o único inscrito na licitação para gerenciar a arena construída especialmente para os Jogos Pan-americanos e agora será o “dono” do lugar pelos próximos 20 anos.

A confirmação veio na tarde desta sexta-feira, quando a proposta de R$ 36 mil mensais feita pelo Botafogo para mandar seus jogos no campo construído no Engenho de Dentro foi aprovada pela Comissão de Licitação da Prefeitura do Rio de Janeiro. Além desse valor, o clube de General Severiano ainda terá que arcar com os custos da manutenção do local.

“O Botafogo hoje está entrando no século XXI. Sei que com sete anos de atraso, mas hoje plantamos o futuro do clube. Os alvinegros têm que botar a bandeira na lapela porque a cachorrada está de volta”, exclamou o presidente do clube Bebeto de Freitas, que ainda afirmou que conseguir a licitação foi muito mais do que ter um estádio para atuar.

“Temos a partir de agora uma garantia de que o Botafogo vai continuar vivendo, porque quando eu dizia que estávamos perto de fechar as portas era a mais pura verdade”, explicou o dirigente, que se emocionou bastante ao ver o vice-presidente da Comissão Especial de Licitação, Marcus Vinicius Belarmino Souza, abrir o envelope com a proposta única.

“Estávamos carregando uma cruz dos anos 60 e 70 e agora vamos pensar no crescimento do Botafogo. Hoje é um dia muito importante, pois há cinco anos lutamos contra uma montanha de dívidas e vencer uma concorrência pela concessão do estádio mais moderno do país, estar na liderança do Campeonato Brasileiro é para comemorar”, exaltou.

“Com a Timemania e o estádio o Botafogo se torna um clube do tamanho que sempre teve. Deixei uma carreira profissional para me dedicar ao clube e retribuir tudo o que o Botafogo fez por mim e não tenho como não me emocionar nesse momento tão especial”, completou Bebeto.