Antes da partida entre Brasil e França, neste sábado, o capitão do time brasileiro falará em nome dos demais jogadores da seleção, na declaração anti-racismo: “Nós rejeitamos o racismo ou qualquer forma de discriminação, seja dentro ou fora dos jogos. Com o poder do futebol, podemos ajudar a erradicar o racismo do nosso esporte e do resto da sociedade”. O capitão da equipe francesa fará o mesmo.

Os dias 30 de junho e 1º de julho marcam a comemoração anual dos dias anti-discriminação da Fifa.

Os dias anti-discriminação, celebrados pela Fifa, foram anunciados, na quarta-feira 28 de junho, pela diretora executiva do Unicef, Ann Veneman, pelo presidente da Fifa, Joseph Blatter, por representantes do governo alemão e pelo ex-jogador alemão Franz Beckenbauer, no Estádio Olímpico de Berlim. O evento faz parte da parceria entre UNICEF e Fifa, que lançaram em 2006 a campanha Unidos com as crianças. Unidos pela paz. Nos jogos das quartas-de-final, os capitães das seleções participantes (Alemanha, Argentina, Brasil, França, Inglaterra, Itália, Portugal e Ucrânia) farão a mesma declaração contra o racismo, em nome de todos os jogadores.

A diretora executiva do Unicef lembrou que o racismo não é uma característica inata dos humanos, mas um conjunto de crenças e preconceitos que são aprendidos na infância. “As atitudes e os comportamentos das crianças são formados nas primeiras etapas da vida pelos adultos que estão à sua volta. O racismo e a discriminação representam a desvalorização de outros seres humanos, seja pelo gênero, pela raça, por causa da deficiência ou outras características”, declarou Ann Veneman.

“O racismo é um mal. Existe uma responsabilidade social no futebol e o nosso jogo está aberto para todos – gente de todos os gêneros, raças e culturas”, afirmou Joseph Blatter, presidente da Fifa.