A umidade do ar em baixa, em media 35% em Mato Grosso do Sul, quando o ideal seria de pelo menos 70%, está promovendo uma verdadeira corrida às drogarias. A farmacêutica Viviane Oliveira Veronezzi diz que em abril a procura por medicamentos para problemas respiratórios teve aumento expressivo. Os mais procurados são anti-alérgicos e as mais afetadas por problemas causados pelo tempo seco são as crianças e idosos.
A gripe acompanhada de tosse seca, alergias, renite e viroses são comuns no período e o recomendável é que as pessoas busquem tratamento logo que sentirem mudanças no organismo. O meteorologista da Uniderp (Universidade Estadual para o Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal), Natálio Abrão, afirma que a massa de ar frio que passou pelo Estado na semana passada provocou mudanças nas regiões Sul e Oeste, elevando a umidade para 97%. Porém, nas outras regiões, a média fica em 35% diariamente. Na parte da manhã, o clima é mais agradável, o índice de umidade chega a 70%, mas à tarde cai para 25%. Ainda não choveu no Estado desde o início do mês de maio. A previsão, segundo Abrão, é de que o tempo se mantenha seco até a metade do inverno, no fim de agosto. Há possibilidade de chuva em Mato Grosso do Sul no próximo fim de semana. Uma frente fria vinda do sul do país causa mudança rápida no clima e a temperatura sofre leve queda. No centro-oeste do país, o inverno é caracteristicamente seco, mas neste ano a estiagem começou mais cedo. Ela costuma ser notada no início do inverno e já está presente no meio do outono. A mudança no clima, explica Natálio Abrão, pode ser atribuída aos diferentes ciclos de variações de chuva. Fenômenos naturais e queimadas, por exemplo, podem ter parcela de culpa nas alterações climáticas, mas não seriam responsáveis diretos pelo período de seca.