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Um ano após recessão, 23 prefeituras atrasam salários

Edivaldo Bitencourt e Paulo Fernandes, Campo Grande News - 21 de outubro de 2009 - 15:31

Um ano após o início, a crise econômica mundial começou a afetar os funcionários públicos de 30% dos 78 municípios de Mato Grosso do Sul. Vinte e três prefeituras não conseguiram quitar os salários de setembro neste mês, conforme levantamento realizado pela Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul).

De acordo com o presidente da entidade e prefeito de Terenos, Beto Pereira (PSDB), além dos salários, um número significativo de prefeituras terá dificuldades para quitar o 13º. No entanto, ele não divulgou quais municípios estão em dificuldades financeiras.

O vice-prefeito de Maracaju, Alberto Cruz Küendig (PT) afirmou que a receita do município está 40% abaixo do previsto. A expectativa era um orçamento mensal de R$ 5 milhões, mas a receita real tem ficado em torno de R$ 3 milhões.

Apesar disto e do antecessor não ter deixado recursos para pagar toda a folha de dezembro, o município não terá problemas em quitar o 13º salário neste ano. Somente no FPM (Fundo de Participação dos Municípios), o repasse mensal está R$ 300 mil menor.

Investimentos – A maioria absoluta das prefeituras admite que freou os investimentos em obras para garantir o pagamento de salários e do 13º do funcionalismo. O problema atingiu até os maiores municípios, como Campo Grande.

Segundo o prefeito Nelsinho Trad (PMDB), foram adotadas medidas de contenção de despesas e redução dos investimentos. “O 13º só está garantido porque freamos os investimentos”, explicou Trad.

A mesma opinião tem o prefeito de Rio Brilhante, Donato Lopes da Silva (PSDB), que definiu estar adotando uma economia de guerra para manter os pagamentos de salários em dia. Ele disse que R$ 1,5 milhão dos R$ 3,5 milhões mensais são comprometidos com o gasto de pessoal

Protesto – Em reunião hoje na Assomasul os prefeitos discutem como será protesto marcado para próxima sexta-feira, comandado pela Assomasul no Estado, em defesa dos municípios. Eles querem fechar as portas em defesa dos municípios. A mobilização é nacional.

Segundo Pereira, a solução passa pela aprovação da Emenda Constitucional 29, que obriga a União a investir mais em saúde. Atualmente, as prefeituras são obrigadas a investir 15% da receita em saúde, mas acabam comprometendo 20% da receita.

A forma como será o protesto está sendo definida desde às 14h e acontece com portas fechadas aos jornalistas.

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