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Últimos produtores embarcam para tratoraço em Brasília

Aline Rocha / Campo Grande News - 27 de junho de 2005 - 14:15

David Majella
David Majella

Os produtores rurais que não embarcaram na tarde do domingo, seguem daqui a pouco para a capital federal para participar do tratoraço, que vai durar três dias em Brasília. Filhos de fazendeiros, produtores, parentes a até músicos tomam dois ônibus que sai de Mato Grosso do Sul com destino ao protesto.
Os pecuaristas que deixaram o Estado ontem já começaram a montar as tendas onde ficará a maioria dos manifestantes. Outra parte ficará hospedada no Hotel Nacional. Ontem, a entrada dos primeiros mil tratores em Brasília, vindos de diversos municípios de Mato Grosso e Goiânia, foi tranqüila. Conforme informações da CNA (Confederação de Agricultura e Pecuária), segundo o coordenador do Tratoraço, Homero Alves Pereira, a chegada foi antecipada porque o comboio andou mais rapidamente com o tráfego tranqüilo na estrada, sendo acompanhado apenas pela Polícia Rodoviária Federal.
Os produtores ficarão acampados no parque de exposições da Granja do Torto e amanhã começam a organizar os tratores em fila dupla para a entrada à noite na Esplanada dos Ministérios. O trajeto será no sentido da Rodoferroviária-Esplanada, pelo Eixo Monumental.
Uma das fazendeiras que embarcou no ônibus para o protesto, Regina Fátima, que tem uma propriedade na cidade de Sidrolândia, afirmou que a participação no movimento é para buscar melhorias para o agronegócio. “Se não fizermos nada nunca vamos conseguir nossas reivindicações”, diz.
O 1º secretário da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul), Luciano Leite de Barros, afirmou que na quarta-feira, as lideranças das associações e entidades rurais vão tentar audiências públicas com a comissão de agricultura da Câmara e do Senado; o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os presidentes da Câmara e do Senado.
A passeata está marcada para amanhã, com a presença de máquinas agrícolas na Esplanada dos Ministérios; no Ministério da Fazenda e pelas ruas de Brasília.
No dia 29 haverá manifesto das produtoras rurais; almoço organizado pelos gaúchos; passeata na Esplanada dos Ministérios e manifesto no ar com a aviação agrícola.
No dia 30 terá distribuição de alimentos, assembléia geral e buzinaço. A saída das máquinas está prevista para o dia 1º de julho. O movimento intitulado como "Alerta no Campo" é uma proposta da CNA e das 13 Federações da Agricultura e Pecuária integrantes do Sistema Sindical Rural que enfrentam problemas com o agronegócio, devido aos prejuízos da seca e a mudança de câmbio. Eles querem ajuda financeira do governo para compensar as perdas com as duas últimas safras. O presidente da Famasul (Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), Leôncio Brito, estima que só para Mato Grosso do Sul sejam necessários R$ 3 bilhões. Do Estado, devem participar quase mil produtores.

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