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UEMS destina 30% de vagas para negros e índígenas

06 de outubro de 2010 - 15:01

Mais de 700 vagas disponibilizadas pela UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso dó Sul) para ingresso em 2011, por meio do SiSU (Sistema de Seleção Unificada), serão preenchidas por negros e índios. É o que garante o edital publicado pela instituição no Diário Oficial de Mato Grosso do Sul da última terça-feira (6). Ao todo, 30% das vagas são destinadas à política de ações afirmativas da instituição, das quais 470 são para negros e 235 para indígenas. “Esse é um papel social da universidade. Quanto mais ações que favoreçam o ingresso dos menos favorecidos no ensino superior, mais a universidade estará cumprindo seu papel”, acredita o reitor da UEMS, Prof. Dr. Gilberto Arruda.



Todos os inscritos na cota de 20% para negros que conseguirem classificação para ingresso na universidade terão que passar por uma entrevista presencial antes de realizarem a matrícula. O candidato será avaliado por uma banca de validação de cotas que verificará traços fenotípicos que caracterizem o candidato como negro. Essa banca será composta por três membros, sendo um representante dos professores, um dos técnicos administrativos e um integrante de movimento social que trabalhe com questões étnico-raciais e afro-descendentes.



Já no caso dos que se inserirem na cota de 10% para indígenas, será necessário apenas a apresentação da cédula de identidade indígena, expedida pela Funai (Fundação Nacional do Índio).



Caso a banca de validação de cotas indefira o beneficio do candidato inscrito como negro durante a entrevista presencial, ele perde a vaga. O mesmo acontece ao índio que não apresentar sua identificação oficial.



De acordo com o reitor da UEMS, o ideal seria que as cotas não fossem necessárias, mas acredita que as políticas afirmativas sejam uma forma de responder imediatamente ao problema de inclusão universitária que, segundo ele, é real. “A cota é uma medida imediata, pois esperar que um indígena, por exemplo, tenha acesso à educação superior exige um processo que pode demorar muito tempo”, explica Arruda.



O regime de cotas proposto pela UEMS divulgado esta semana, prevê ainda que, caso o número de vagas reservadas seja maior do que o número de concorrentes, a redistribuição será da seguinte forma: as vagas remanescentes da cota para negros serão preenchidas por candidatos indígenas, obedecendo à ordem de classificação e o mesmo acontecerá na situação inversa, já que as vagas remanescentes do regime de cotas para indígenas serão preenchidas por negros. Só depois de esgotadas as possibilidades desse remanejamento é que os demais candidatos, inscritos no regime de concorrência geral, poderão concorrer às vagas ainda disponíveis.




Por André Mazini

Assessor de imprensa / UEMS

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