Comissão formada por representantes da UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul), do governo do Estado e de entidades que militam no movimento negro está reunida para definir quais os candidatos inscritos podem ou não concorrer a vagas pelo regime de cotas no vestibular deste ano da instituição. Estão sendo avaliadas as características físicas (fenótipo) dos candidatos para confirmar se, de fato, pertencem à raça negra e podem requerer o benefício.

Devido ao volume elevado de inscrições - cerca de 600 - o trabalho deve se estender até a próxima semana. Só então sairá o resultado com a lista dos aptos a concorrer pelo regime de cotas. A Uems reservou 328 vagas (20%) para negros e 164 (10%) para índios no vestibular deste ano. No caso do índio, basta apresentar uma declaração da Funai atestando que pertence a uma das nações indígenas do país. Já os negros, além da auto-declaração, passam pela avaliação do fenótipo feita através de uma foto 5x7 recente.

Integram a comissão dois professores da Uems, representantes do Cedine (Conselho Estadual de Defesa dos Direitos do Negro), Fórum de Entidades Negras e Movimento Negra Atitude de Dourados. Até o início da tarde, apenas cinco candidatos haviam sido desqüalificados. Eles continuam inscritos ao vestibular, mas concorrerão com os demais que não se inscreveram no regime de cotas.