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UE: Lista de quem pode exportar carne vai ser ampliada

Danilo Macedo/ABr - 07 de abril de 2008 - 19:36

Brasília - Novas propriedades rurais podem voltar a ser incluídas no Serviço Brasileiro de Rastreabilidade da Cadeia Produtiva de Bovinos e Bubalinos (Sisbov) nesta semana. A informação foi dada hoje (7) pelo secretário de Defesa Agropecuária, Inácio Kroetz, em entrevista coletiva à imprensa com a presença do diretor de Saúde e Bem-Estar Animal da União Européia (UE), Bernard Van Goethem, que está em visita de uma semana ao Brasil.

A inclusão de novos estabelecimentos rurais está suspensa desde 18 de março, quando o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, disse que era preciso “botar ordem na casa”. Na época, ele deu um ultimato às certificadoras, responsáveis por garantir a procedência do gado: “ou trabalham de forma correta ou vão cair fora do sistema”. A medida foi conseqüência dos desdobramentos do embargo à carne brasileira, decretado pela UE no final de janeiro. O embargo acabou expondo falhas no sistema de rastreabilidade do gado bovino no Brasil.

A inclusão de novas propriedades será possível agora que chega à reta final o treinamento de auditores estaduais e federais para a fiscalização do cumprimento dos critérios do Sisbov. Hoje, a lista de propriedades que podem exportar para a UE tem 95 fazendas. “A partir desta semana, com as auditorias se realizando, nós vamos ter o incremento da lista”, garantiu o secretário.

Duas auditoras européias estão no Brasil para mostrar aos auditores brasileiros, e também a alguns proprietários rurais, quais são as exigências em relação à rastreabilidade da carne e por que são feitas tais exigências.

Segundo o diretor de Saúde e Bem-Estar Animal da UE, é a primeira vez que auditores da União Européia treinam técnicos de outro país, o que, segundo ele, mostra a importância que as exportações da carne brasileira têm para o mercado europeu.

Van Goethem, no entanto, descartou a possibilidade de uma flexibilização das exigências feitas ao Brasil, ainda que o país não tenha o risco da doença da “vaca louca”, fator que mais atemoriza os consumidores europeus.

Uma possível flexibilização havia sido cogitada pela Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados e pelo próprio ministro Reinhold Stephanes há cerca de 20 dias. Van Goethem explicou que, na UE, a rastreabilidade é feita do nascedouro ao abate e, no Brasil, ela é exigida apenas nos últimos 90 dias antes do abate. Segundo ele, essa dinâmica não pode ser flexibilizada.

O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, esteve reunido com o dirigente europeu, mas não esteve na entrevista coletiva porque foi chamado para uma reunião de emergência no Palácio do Planalto, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ministros e governadores, para tratar do socorro aos estados do Nordeste prejudicados pela chuva, nos últimos dias.




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