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Turner desmente versão de doleiro na CPI dos Correios

Marcos Chagas/ABr - 12 de outubro de 2005 - 08:38

O operador de mercado Najun Turner desmentiu, ontem (11), a versão apresentada pelo doleiro Antônio Oliveira Claramunt, conhecido como Toninho da Barcelona, à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Correios. Claramunt disse que quando dividiam a mesma cela, na Polícia Federal, ouviu de Turner que o então presidente da Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti, teria recebido R$ 8 milhões em troca de apoio ao governo. Parte destes recursos, segundo Claramunt, teria sido repassada pela corretora Bônus Banval.

Turner disse que sabia apenas da existência de uma conversa gravada entre o doleiro e um de seus funcionários, na qual se afirmava que havia um político endividado necessitando de "um empréstimo". O operador se recusou a revelar o nome deste político, "por questões éticas", e informou que a gravação encontra-se na 6º Vara da Justiça Federal de São Paulo.

Os parlamentares da CPMI ainda insistiram para que Turner revelasse o nome do político endividado, mas ele encerrou a discussão com a frase: "Uma palavra vale uma moeda, o silêncio vale duas moedas". O operador negou conhecer o empresário mineiro Marcos Valério de Souza.

Sobre Toninho da Barcelona, Turner disse que ele se mostrou confuso e irritado quando viu informações publicadas na imprensa de que ele seria "doleiro do PT". E por isso recomendou que procurasse o senador Eduardo Suplicy (PT-SP), considerado uma pessoa "séria e idealista". O operador afirmou ainda que se colocou à disposição de Barcelona para tentarem um contato telefônico com Suplicy, mas que o assunto não foi adiante.

Diante das contradições nos depoimentos, a senadora Ideli Salvati (PT-SC) apresentou requerimento para que seja feita a acareação, na Polícia Federal, entre Najun Turner; o empresário Marcos Valério de Souza; o dono da empresa Natimar, Carlos Quaglia, e o dono da corretora Bônus Banval, Enivaldo Quadrado.

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