Brasília - O desfile de 7 de setembro foi tumultuado em Maceió. De acordo com a Polícia Militar (PM) de Alagoas, o governador Teotônio Vilela Filho teve que deixar o palanque oficial do Memorial da República, por motivo de segurança. "Por decisão dele [governador], o desfile foi encerrado", diz nota divulgada pela PM.


Segundo a PM, não conseguiram desfilar equipes da Guarda Municipal, Instituo do Meio Ambiente, do Departamento de Estradas de Rodagem e de escoteiros florestais.

A PM informou que representantes grevistas do Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol) e de outros movimentos sindicais "invadiram a pista" onde estava sendo realizado o desfile e interromperam o evento. Segundo o Sindipol, além deles, representantes do Movimento Unificado da Saúde e da Central Única dos Trabalhadores (CUT) conseguiram "entrar" no desfile para protestar. O Sindpol ressaltou, porém, que a intenção não era interromper a festividade.

De acordo com o sindicato, os policiais civis, que estão em greve desde o dia 1º de agosto, reivindicam o cumprimento da data-base. Em nota divulgada hoje (7), o Sindpol avisa que a greve passará por uma fase de radicalização, uma vez que a proposta de equiparação salarial com os peritos, aguardada pelos policiais civis, não veio.


Os grevistas afirmam que vão tentar impedir o funcionamento do Instituto de Identificação na segunda-feira (10), a partir das 8 horas. "A ordem agora é fechar todas as delegacias. A população não terá acesso a nenhum tipo de atendimento", diz a nota do Sindipol, acrescentando que, na quinta-feira (15), o Instituto Médico Legal será fechado. "Enquanto isso, os policiais irão recolher todas as viaturas que se encontram ainda nas distritais e regionais", conclui o sindicato.