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Geral

Tudo sobre a vacinação anti-aftosa que começa no sábado

Cristiane Sandim - 27 de abril de 2004 - 16:20

Todo pecuarista sabe que a vacinação é o meio mais seguro para proteger todo o rebanho e evitar futuros prejuízos. Para tanto a Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro), inicia mais uma etapa de vacinação contra a febre aftosa em Mato Grosso do Sul.

A segunda fase de vacinação, que começa no dia 1º e vai até 31 de maio no Planalto, deve imunizar bovinos e bubalinos com até 24 meses. Já no Pantanal a campanha acontece do dia 1º de maio até 15 de junho. Para os
produtores que optarem por está etapa, devem vacinar todo o rebanho de mamando a caducando. Nessa fase está prevista a imunização de aproximadamente 12 milhões de animais em todo o Estado.

O gerente de inspeção e defesa sanitária animal da Iagro, Osvaldo Dias, lembra que "o registro da vacina e a entrega dos frascos utilizados, o comprovante de aquisição de vacina (CT-13) e a nota fiscal, terão prazos de 15 dias após a efetiva vacinação e devem ser feitos no escritório da Iagro onde o produtor estiver cadastrado". Cabe lembar ao produtor que a vacinação e o registro são obrigatórios e quem não o fizer estará sujeito a uma multa de R$ 19,40 e R$ 9,70 por animal, respectivamente, além de ter que fazê-lo posteriormente.

Mas a maior preocupação, segundo Osvaldo Dias, é quanto a vinda da missão da Comunidade Européia. "É claro que nós estamos preocupados. A prevenção tem que ser redobrada", afirma Osvaldo. A missão, que chegou
a Campo Grande na última segunda-feira, está sendo acompanhada por uma equipe de técnicos da Iagro durante visita aos municípios, lojas veterinárias e propriedades de Três Lagoas, Nova Andradina e Ponta Porã para analisar os aspectos sanitários. De acordo com o roteiro eles vão permanecer no Estado até o dia 1° de maio, sábado. Em seguida seguirão viagem para Cuiabá e posteriormente para Brasília onde será realizado, no dia 6 de maio, a
reunião final para a apresentação dos resultados.

Os cuidados são muitos, pois a aftosa é uma doença infecciosa causada por um vírus que permanece vivo na medula óssea mesmo depois do animal morto, por isso é altamente contagiosa e deve ser evitada. O vírus é
geralmente transmitido pelo leite, pela carne e pela saliva do animal doente. Ele atinge a todos os animais de cascos bipartidos como: ovinos, caprinos, suínos, bovinos e bubalinos. Os produtores devem ficar atendo com os sintomas, um deles é a febre alta. Também podem surgir aftas na boca, na gengiva ou na língua, e principalmente feridas nos cascos ou nos úberes.

PREVENÇÃO

A Iagro também recomenda aos pecuaristas que aproveitem a oportunidade para vacinar o rebanho contra a brucelose e a raiva bovina. Conforme a Portaria/Iagro/MS n.º 636 "a partir de 1º de janeiro de 2004, quem possui cria na propriedade e não tiver ainda aderido ao Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e da Tuberculose Animal (PNCEBT), ou seja, vacinado e declarado a vacinação contra a brucelose, será impedido de transitar no estado". Por isso o produtor deve efetuar a vacinação das fêmeas de 3 a 8 meses de idade que ainda não foram imunizadas. Nesse caso a vacinação ocorre somente uma vez.

Já quanto à raiva bovina, é obrigatório a vacinação anual de todo o rebanho nos municípios de Aquidauana, Anastácio, Corumbá, Miranda, Bonito, Coxim, Bodoquena, Corguinho, Rio Verde, Rio Negro, Jardim, Caracol, Porto Murtinho, Bela Vista e ainda nos municípios considerados como área de risco, assim como aqueles situados próximos as serras - locais propícios ao aparecimento de morcegos hematófagos.

BALANÇO

Na primeira etapa de vacinação do ano, em fevereiro, que é direcionada a bovinos e bubalinos com até um ano de idade, a Iagro imunizou quase todo o rebanho contra a febre aftosa, exatamente 5.235.078 cabeças de gado em Mato Grosso do Sul. Conforme a Agência, o volume vacinado compreendeu 98,17% dos 5.332.558 animais do Estado.

Conforme Osvaldo Dias, para evitar maiores problemas, é necessário que o produtor cumpra com as metas impostas pela Iagro. "A intenção é de prevenir possíveis focos da doença que colocam não só o Estado como
todo o Brasil em Risco. Não devemos se esquecer também que Mato Grosso do Sul corresponde a uma grande parcela da carne consumida no país, cerca de 48%, por isso a nossa responsabilidade é maior ainda", explicou.

Em caso de dúvidas, os produtores podem procurar qualquer escritório da Iagro no Estado ou ainda ligar no disk-aftosa 0800-679120.

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