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Geral

Tuberculose: MS teve 803 casos em 2002

Agência Saúde - 17 de maio de 2004 - 07:56

O diretor de gestão da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), Fabiano Pimenta, reafirmou , em Belém(PA), que a tuberculose é prioridade para o Ministério da Saúde. A declaração foi feita durante a abertura da Oficina Macrorregional de Mobilização do Programa Nacional de Controle da Tuberculose (PNCT), que ocorre no Hotel Sagres até o final da tarde.

Pimenta ressaltou também que é possível obter êxito no controle da doença por intermédio da descentralização das ações e a integração das atividades do programa com a atenção básica do Sistema Único de Saúde (SUS). Isto significa aproximar o diagnóstico e o tratamento do paciente.

Estes serviços estão disponíveis na rede básica de assistência pública brasileira. Depois de ter o diagnóstico da doença, o doente recebe os medicamentos para o tratamento da tuberculose, que dura seis meses e não pode ser interrompido. Se isto ocorrer, além de não curar a doença, o paciente pode desenvolver resistência aos produtos utilizados, o que exigirá o uso de outros medicamentos.

O evento em Belém reunirá até o final da tarde de hoje representantes das secretarias estaduais das regiões Norte e Centro-Oeste. O objetivo é o de discutir ações contra a doença, de forma obter o controle da tuberculose.

Também participam da reunião, representantes do Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde (Conass), Conselho Nacional dos Secretários Municipais de Saúde (Conasems) e dos municípios prioritários para o Programa de Controle da Tuberculose nas regiões Norte e Centro-Oeste.

Apesar da redução gradual que vem obtendo na detecção de novos casos, a tuberculose ainda ocupa lugar indesejado na saúde pública brasileira. Estima-se que a média anual brasileira de casos novos nos últimos cinco anos é de 85 mil notificações, com cerca de 6 mil mortes por ano. Atualmente, o país apresenta 70% de índice de cura dos casos tratados e cerca de 12% de abandono do tratamento. Aproximadamente, 8% dos pacientes com tuberculose também têm Aids.

No decorrer do evento, os gestores estão conhecendo a nova versão do Programa Nacional de Controle da Tuberculose (PNCT), que prevê metas como a manutenção da detecção de 70% dos casos de tuberculose, tratamento de todos os casos diagnosticados da doença e o aumento da taxa de cura dos atuais 72% para 85%, além da diminuição dos óbitos ao patamar de 5% - hoje, está em torno dos 7%.



Norte – De acordo com dados de 2002, o Norte teve 7.061 casos novos de tuberculose dos mais de 77 mil identificados naquele ano, em todo o país. Isto representou incidência de 52,29 casos para cada grupo de 100 mil habitantes – a média brasileira é de cerca de 48.

O estado do Amazonas registrou, em 2002, 2.194 casos da doença, representando incidência de 74,08 doentes para cada grupo de 100 mil habitantes, a maior da região e segunda do país – o Rio de Janeiro é o primeiro com índice de cerca de 90 casos para cada 100 mil habitantes.

No mesmo ano, o Amapá teve incidência de 55,76 com a notificação de 288 novos casos. O Pará ficou em terceiro, com índice de 51,47 doentes para cada 100 mil habitantes e a notificação de 3.322 casos de tuberculose.

Ainda com base nas informações de 2002, o Acre teve índice de 50,77 e 298 casos. Nos estados do Roraima e Rondônia, as incidências foram de 40,36 e de 37,44 com os registros de 140 e 536 casos novos da doença, respectivamente. O Tocantins teve a menor incidência, 23,45, com a identificação de 283 doentes.


Centro-Oeste – No Centro-Oeste a incidência, em 2002, foi de 27,85 casos para cada 100 mil habitantes, com 3.370 detecções. Em Mato Grosso, o índice foi de 41,35 – 1.077 casos novos – e no Mato Grosso do Sul, de 37,51 – 803 casos.
Em Goiás, a incidência ficou em 21,08 com o surgimento de 1.098 casos novos naquele ano. No Distrito Federal, o registro foi de 18,27 casos novos para cada 100 mil habitantes – 392 doentes.


Maior investimento – O Ministério da Saúde está fazendo o maior investimento no Programa de Controle da Tuberculose (PCT) dos últimos dez anos. Até 2007, serão aplicados R$ 119,5 milhões. Entre as prioridades, estão a capacitação de profissionais de saúde para diagnóstico, tratamento e vigilância epidemiológica da doença, a integração das ações com o Programa Nacional de HIV/Aids, a aquisição de equipamentos para os laboratórios e o apoio aos pacientes em tratamento.



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