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Treze "cabeças” do Congresso ficam sem mandato

Daniel Merli/ABr - 02 de outubro de 2006 - 19:04

Dos 100 parlamentares considerados mais influentes pelo estudo Os Cabeças do Congresso Nacional, treze ficaram sem mandato eleitoral após a votação deste domingo (1º). O estudo é elaborado todos os anos pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap).

Outros dois parlamentares da lista deixam o Congresso para assumir outros cargos. São o deputado José Roberto Arruda e o senador Paulo Octávio que, juntos, formam a chapa vencedora do PFL para o governo do Distrito Federal.

Os treze derrotados nas urnas tentaram a reeleição para o Congresso ou o governo de seus estados. O presidente nacional do PFL, Jorge Bornhausen, é o único que, ao fim de seu mandato como senador, não se candidatou a nada.

O PT e o PMDB, as duas maiores bancadas eleitas para a Câmara, foram as mais prejudicadas. No PT, ficou de fora Luiz Eduardo Greenhalgh (SP), candidato derrotado do partido para a presidência da Casa, em 2005. Também não conseguiu se reeleger Sigmaringa Seixas (DF), que tentava seu quarto mandato. Já havia sido deputado constituinte, pelo PMDB, e depois venceu pelo PSDB, em 1991, e pelo PT, em 2002. Também não se reelegeu Antonio Carlos Biscaia (RJ), relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Sanguessugas.

Segunda maior bancada eleita na Câmara e no Senado, o PMDB teve três baixas entre os “cabeças” indicados pelo Diap. O senador Amir Lando perdeu a disputa pelo governo de Rondônia e fica sem mandato. Lando foi Ministro da Previdência do atual governo e relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Compra de Votos e também da CPI do PC Farias, que resultou na cassação do então presidente Fernando Collor.

Após cinco mandatos consecutivos, Delfim Netto também não conseguiu renovar sua presença no Congresso. Ficará de fora pela primeira vez, desde 1987. Antes disso, havia sido ministro da Fazenda dos governos Costa e Silva e Médici e ministro do Planejamento do governo Figueiredo, durante a ditadura militar.

Também perdeu o mandato o senador Ney Suassuna (PB) que tentava a reeleição. Este ano, ele foi apontado por testemunhas como um dos integrantes do esquema de venda superfaturada de ambulâncias pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Sanguessugas.

O PTB perdeu dois de seus “cabeças”, segundo o Diap. O senador Fernando Bezerra (RN) e o deputado Luiz Antônio Fleury (SP) não conseguiram se reeleger.

No PFL, o deputado José Thomaz Nonô (PFL) perdeu a disputa alagoana pelo Senado para o ex-presidente Fernando Collor (PRTB) e vai ficar sem mandato. Nonô chegou a ocupar a Presidência da Câmara, após a renúncia de Severino Cavalcanti (PP-PE). Disputou a eleição para assumir efetivamente o cargo, mas perdeu a disputa para Aldo Rebelo (PCdoB-SP) por uma diferença de 15 votos.

O pefelista Rodolpho Tourinho também perdeu a vaga para o Senado. Mas em seu caso, tentava a reeleição, pela Bahia.

Pelo PSDB, ficou sem mandato apenas um dos “cabeças” apontados pelo Diap. O deputado Eduardo Paes ficou em quinto lugar na disputa pelo governo do Rio de Janeiro, com 5% dos votos.

A deputada Jandira Feghalli (PCdoB-RJ) perdeu a disputa pelo Senado e a senadora Heloísa Helena (P-SOL-AL) não vai ao segundo turno na disputa pela Presidência da República, abrindo vaga para Collor no Senado.

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