Cassilândia Notícias

Cassilândia Notícias
Cassilândia, Quarta, 24 de Abril de 2024
Envie sua matéria (67) 99266-0985

Geral

Três quartos dos cães do mundo não têm um lar para morar, diz estudo

180 Graus - 21 de abril de 2016 - 13:00

Pense em todos os cães por aí: labradores, poodles e labradoodles; huskies, westies e dogues de Bordeaux; pit bulls, spaniels e vira-latas adoráveis que vão a pet shops. Some todos os cães de estimação no planeta e você chegará a cerca de 250 milhões.

Mas há cerca de 1 bilhão de cães na Terra, segundo algumas estimativas. Os outros 750 milhões não têm coleiras antipulga. E certamente não têm humanos que os levem para passear e recolher suas fezes. Eles são chamados de cães de rua, vira-latas, entre outros nomes, e reviram as latas de lixo e perambulam pelos bairros de grande parte do mundo.

Em seu novo livro, "What Is a Dog?" ("O que é um cão?" em tradução livre, ainda não lançado no Brasil), Raymond e Lorna Coppinger argumentam que se você realmente quiser entender a natureza dos cães, é preciso conhecer esses outros animais. A grande maioria não é de animais de estimação perdidos, dizem os Coppingers, mas sim animais que vivem de lixo soberbamente adaptados, as coisas vivas mais próximas dos cães que apareceram pela primeira vez milhares de anos atrás.

Outros cientistas discordam a respeito da genética dos cães, mas reconhecem que três quartos de um bilhão de cães valem a pena ser estudados.

Os Coppingers são figuras importantes na ciência canina há décadas. Raymond Coppinger foi um dos professores fundadores da Faculdade Hampshire, em Amherst, e ele e Lorna, uma bióloga e escritora de ciência, realizaram trabalho inovador com cães de trenó, cães pastores, cães de guarda e a origem e evolução dos cães.

"Fizemos tudo juntos", ele disse recentemente, enquanto se sentavam na varanda da casa que construíram, situada em cerca de 40 hectares de terras, conversando longamente sobre cães, de rua ou não, e as raízes do profundo interesse deles pelos animais.

Ambos tiveram cães na infância. Lorna teve de várias espécies. Um tio trouxe para Raymond seu primeiro cão, um filhote de uma cadela que costumava ficar próxima da rampa de carga de uma indústria química em Cambridge, Massachusetts. "Ele viveu 17 anos e se parecia com qualquer vira-lata do mundo", ele disse.

Após se formarem pela Universidade de Boston, onde ambos estudaram nos anos 50, eles continuaram a tê-los.

"Eu dei um cachorro para ela como presente de formatura", disse Raymond. Era um cruzamento de collie com pastor-alemão.

Depois que ambos se formaram, eles se mudaram para a área de Amherst, onde Lorna lecionava russo e obteve um mestrado em biologia da vida selvagem, enquanto Raymond obteve um Ph.D. em zoologia, ambos na Universidade de Massachusetts. Eles realizaram estudos de campo juntos, mas sobre assuntos diferentes, e então mergulharam profundamente no mundo canino.

SIGA-NOS NO Google News