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Três Lagoas: Alerta para risco de nova epidemia

Perfil News - 10 de março de 2005 - 16:21

O CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) alerta para uma nova epidemia de leishmaniose na cidade. De acordo com o coordenador e médico veterinário, Antônio Luiz Teixeira Empke, há fortes indícios de que a epidemia possa estar voltando. “O transmissor da doença, flebótomo, está na cidade, prova disso é que a quantidade de cães capturados é assustadora”, disse.

Em Três Lagoas, a epidemia da doença aconteceu nos anos de 2000 e 2001, porém, mesmo com o controle, a doença nunca desapareceu. “O que aconteceu foi a diminuição da doença, mas agora ela pode estar voltando com maiores índices”, comentou.

O motivo da nova epidemia, segundo Empke, é que a cidade passou por um abandono total durante cinco meses na gestão anterior. “A gestão anterior cortou os borrifadores, além de não cuidar da limpeza da cidade, inclusive em estabelecimentos municipais e públicos, por isso o transmissor teve espaço para se alastrar e contaminar os cães”, explicou. De acordo com Empke os animais doentes foram contaminados há meses.

Outro problema enfrentado pelo CCZ é a resistência dos proprietários de animais doentes em entregá-los para a eutanásia. “Mesmo com o resultado positivo e todos os perigos que a doença pode trazer, inclusive de transmissão para humanos, os donos ainda resistem muito e isso acaba atrapalhando a erradicação da doença”, finalizou.

SINTOMAS

A maioria dos cães com leishmaniose não apresenta sintomas nos primeiros meses porque a doença tem evolução lenta. Os sintomas geralmente aparecem seis a oito meses depois que o animal foi contaminado. Embora aparentemente sadio, o cão possui muitos parasitas desde o início da doença e pode contribuir para o alastramento da doença.

Quando a doença está mais evoluída os seguintes sintomas podem ocorrer: emagrecimento, apatia, queda de pelo, conjuntivite, ferida na orelha, calda e focinho, crescimento exagerado das unhas, descamação e ferida na pele.

Empke alertou os proprietários a não deixarem os animais chegarem ao estágio final para realizarem os exames. “Os animais não precisam apresentar tais sintomas para os donos tomarem providências e realizarem os exames, qualquer sinal de que o animal não esteja bem, é aconselhável que eles procurem veterinários”, disse.

Não existe tratamento e nem cura para os animais que estão com a leishmaniose. A única medida que já existe é uma vacina para prevenção da doença. “A vacina Leishume é apenas uma prevenção contra a doença, porém o animal só poderá tomá-la depois de quatro meses completos, e fazer a coleta de sangue provando que não está com a doença”, explicou Empke.

O pacote de vacinação custa R$ 300, e contém o exame, seguido de três doses de vacina e acompanhamento.



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