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Treinar em jejum é eficaz e seguro?

Gazeta Esportiva - 21 de novembro de 2017 - 11:00

A busca por estratégias que acelerem a perda de gordura corporal tem levado cada vez mais pessoas comuns, mas que almejam a definição muscular, a praticar protocolos de dietas e/ou treinamentos realizados por atletas de alto nível. Trata-se de um erro, uma vez que estes atletas possuem acompanhamento de uma equipe multidisciplinar que engloba médicos, nutricionistas e profissionais de educação física, responsáveis por elaborar toda uma rotina de treino, alimentação e acompanhamento dos níveis hormonais a fim de prevenir um estresse físico e metabólico desnecessário e prejudicial ao seu desempenho.

Ao sujeito comum, muitas vezes resta acompanhar por meio das mídias sociais as postagens de treinos e dietas de blogueiros, que nem sempre os realizam efetivamente, mas que os divulgam amplamente, sendo bastante compartilhados entre as pessoas que almejam o corpo dos sonhos.

Uma dessas estratégias envolve o treinamento em jejum. Particularmente, acerca dessa modalidade pode-se esclarecer que a eficiência na utilização dos depósitos de gordura corporal é boa. No entanto, a custas do que? Da saúde?

Alguns estudiosos investigaram os efeitos do treino em jejum sobre a composição corporal e desempenho esportivo. Sobre a composição corporal, os relatos são de que há maior utilização de gordura corporal, particularmente a visceral e em menor escala a gordura subcutânea. Ainda, há maior quebra de proteína corporal quando comparado à prática de exercícios em estado alimentado. Pois bem, pensando em emagrecimento e sustentação da perda de gordura corporal, a estratégia de treinar em jejum e perder massa muscular não nos parece viável.

Em relação ao desempenho nos exercícios físicos, sabe-se que a utilização de jejum entre 12-24h promove a piora no desempenho, mas, em jejuns realizados em menor tempo, por exemplo, 8-10h antes do treinamento, aparentemente, as pessoas não teriam prejuízo no desempenho da tarefa.

Vale alertar, entretanto, que tal estratégia de treino, em longo prazo e em relação à saúde, os efeitos ainda são desconhecidos. A definição da melhor estratégia depende das características de cada um. Não copie essas estratégias por conta própria. Busque orientação de um profissional de educação física e nutricionista. Eles saberão conduzi-lo de forma segura e eficiente rumo aos seus anseios!

Adilson Reis Filho - Graduado em Educação Física; pós-graduado em Fisiologia do Exercício, em Reabilitação Cardíaca e Grupos Especiais, e em Envelhecimento e Saúde; e mestre em Biociências.

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