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Treinamento para socorrer vítimas de parada cardíaca

Irene Lôbo / ABr - 24 de junho de 2004 - 14:26

Dez minutos para viver ou morrer. Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), esse é o tempo máximo para salvar a vida de uma pessoa que sofre um ataque repentino do coração ou derrame cerebral. Se as vítimas forem atendidas nos primeiros cinco minutos, as chances de sobrevivência são de 50%, mas diminuem numa proporção de 10% para cada minuto que passa.

Segundo estimativas da SBC, 800 brasileiros morrem do coração todos os dias. Do total de mortes, 65% ocorre subitamente, ou seja, tão rápido que o paciente não consegue chegar com vida no hospital. Para mudar essa realidade, a entidade lançou a campanha "Tempo é Vida". O objetivo é treinar pessoas para o socorro de vítimas da parada cardíaca, principal causa da morte súbita.

“Queremos treinar a população para ter conhecimento dos primeiros sinais de infarto, derrame, obstrução e tratamento da parada cardiorrespiratória. E manipular um aparelho que chama desfibrilador, que dá choque no coração”, afirma o médico Manoel Canesin, coordenador do Grupo de Estudos em Ressuscitação e Emergência Cardiovascular da SBC.

As doenças cardiovasculares matam, segundo a SBC, 300 mil pessoas por ano no Brasil. Segundo a entidade, 82% das paradas cardíacas ocorrem dentro de casa e 60% na presença única de uma criança ou adolescente. “É necessário que em todas as escolas seja ensinado como salvar um paciente que está tendo ataque do coração”, defende Canesin.

Os primeiros sintomas de uma parada cardíaca são, segundo o médico, a perda da consciência e a ausência de pulso e respiração. No caso do derrame cerebral, a vítima geralmente fica com a boca torta e perde a força dos músculos.

A faixa etária onde mais ocorre morte súbita vai de 40 a 60 anos, embora o mal possa acometer todas as idades. A maneira de prevenir é eliminar os fatores de risco: abandonar o tabagismo, diminuir a obesidade, realizar atividade física, diminuir o colesterol, a hipertensão arterial e realizar exames cardiovasculares anuais caso tenha mais de 30 anos.

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