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Transplantes: MS melhora desempenho

Agência Saúde - 19 de abril de 2004 - 16:56

Nos dois primeiros meses de 2004, o Mato Grosso do Sul aumentou em 61,53% o número de transplantes de órgãos realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), em relação ao mesmo período do ano passado. Foram 21 procedimentos em janeiro e fevereiro deste ano, contra os 13 registrados nos mesmos meses de 2003.

O bom desempenho do estado acompanha os índices nacionais para este início de ano, que foram 44,03% melhores que os do ano passado. No primeiro bimestre de 2004, foram realizados 1.835 transplantes na rede pública de todo o Brasil. No mesmo período do ano passado, foram 1.274.

As informações são do Sistema Nacional de Transplantes (SNT), que faz uma projeção animadora para 2004: se a média de transplantes do primeiro bimestre se mantiver, este ano pode terminar com 11.010 procedimentos realizados em todo o país – 28,86% que o índice de todo o ano passado, quando foram feitos 8.544 transplantes na rede pública brasileira. No Mato Grosso do Sul, a tendência também é de crescimento: dos 96 transplantes realizados em 2003, pode-se chegar a 126 no fim de 2004.

O SNT credita o aumento do número de transplantes neste início de ano, entre outros fatores, à campanha nacional de conscientização, lançada pelo Ministério da Saúde no fim do ano passado. Em 2003, registrou-se a média nacional de 712 transplantes por mês. Logo em janeiro de 2004, foram registrados 1.187 procedimentos – 66,71% a mais que a média mensal do ano anterior. A campanha foi feita para sensibilizar as famílias de doadores e estimular a doação de órgãos e tecidos. Isso porque a legislação brasileira só permite doação com autorização dos familiares. Mesmo que o cidadão declare-se doador, seus órgãos e tecidos só podem ser transplantados se a família permitir.

O órgão responsável por mais de 40% de aumento no total de transplantes realizados no país, neste início de 2004, foi a córnea. No primeiro bimestre do ano passado, foram 532 procedimentos. Neste ano, o número saltou para 1.006 transplantes da membrana ocular.

Também foi registrado, no mesmo período, crescimento no número de transplantes de rim, coração, fígado e medula óssea. Houve queda no total de transplantes de pulmão e esclera (a estrutura branca que dá forma ao globo ocular). No caso do pâncreas, houve aumento do número de transplantes deste órgão isoladamente e também dos casos em que o procedimento é feito simultaneamente com rins.



Metas e investimentos – O governo pretende, até 2006, zerar a fila de espera por uma córnea. No mesmo prazo, espera-se reduzir a demanda por medula óssea e órgãos sólidos (rim, coração, pulmão, pâncreas e fígado) no seguinte ritmo: em 6% até o fim de 2004; em 9% até o fim de 2005; e em 12% até o fim de 2006. Hoje, 58.500 pessoas esperam por um órgão no Brasil.

O Brasil tem o maior programa público de transplantes de órgãos e tecidos do mundo. O SUS responde por 92% dos procedimentos realizados no país. A rede pública de saúde conta com 1.094 equipes médicas e 477 unidades credenciadas para a realização de transplantes. Atualmente, estão em curso 19 processos de credenciamento junto ao Sistema Nacional de Transplantes. E até o fim do ano, espera-se capacitar 600 profissionais.

Em 2004, o Ministério da Saúde prevê recursos da ordem de R$ 400 milhões para a realização de transplantes de órgãos e tecidos. O valor é 16,61% maior que os R$ 343 milhões gastos no ano passado. Em 2002, o investimento no setor foi de R$ 280 milhões. Atualmente, um transplante custa, em média, R$ 35 mil ao Sistema Único de Saúde

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