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Trânsito mata quase cem por dia, diz diretor do Denatran

Priscilla Mazenotti / ABr - 19 de setembro de 2005 - 14:03

O trânsito brasileiro mata quase cem pessoas por dia e fere quase mil, causando prejuízos de R$ 10 bilhões por ano. A conta é do diretor do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), Aílton Brasiliense. Por conta do índice, a Semana Nacional de Trânsito deste ano, que vai até o próximo sábado (24), tem como lema: No trânsito somos todos pedestres. A campanha irá envolver escolas, fábricas, sindicatos, empresas e toda a sociedade na conscientização do respeito ao pedestre.

Brasiliense disse hoje (19) em entrevista à Rádio Nacional que as próximas campanhas irão tentar mostrar ao pedestre formas adequadas de andar e atravessar ruas para evitar acidentes. "Vamos procurar mostrar posições inseguras que o pedestre assume. A responsabilidade sempre é do condutor, mas o pedestre, se tomar os cuidados devidos, também ajudará muito. Ficará mais preservado e mais protegido", disse.

De acordo com o diretor do Denatran, em algumas cidades, quase 60% dos acidentes envolvem pedestres porque eles, muitas vezes, não sabem andar em via pública. "O pedestre tem de ocupar um lugar no sistema viário onde ele possa ser visível".

Aílton defende o uso de faixas de pedestres como forma segura de travessia de ruas. Entretanto, não acredita na eficiência das passarelas. Para ele, a construção de passarelas deve ficar reservada a algumas condições especiais como, por exemplo, quando a pista está em um nível mais baixo que a calçada. "O que gostaríamos é que o pedestre não precisasse se afastar do leito viário. Você obrigar um pedestre a subir 30, 40 degraus e descer do outro lado, ou então na rampa que, praticamente, duplica o espaço, apenas para que outro cidadão, só porque está conduzindo, não possa parar é uma coisa meio estranha", afirmou.

O diretor do Denatran explicou que, apesar das noções da Lei de Trânsito ainda não fazerem parte, obrigatoriamente, do currículo escolar, é importante que as crianças saibam como se portar nas ruas. "Antes de mais nada, a criança precisa entender qual é o seu lugar dentro da cidadania, para que ela forme uma cabeça e uma responsabilidade enquanto pedestre e se um dia vier a ser condutor.

Um exemplo de como o Código de Trânsito Brasileiro pode ajudar na formação de novos motoristas são as Cidades do Trânsito. Aílton Brasiliense disse que já existem várias no Brasil, com enfoques pedagógicos diferenciados, mas sempre com um objetivo: educar o futuro motorista. "A criança precisa saber do limite de velocidade, se a via tem mão dupla ou não, saber que, quando vai atravessar a rua, que pode vir carro só de um lado ou de ambos os lados", reforça.

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