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Todo mundo esquece, mas celular pode ser vilão em pandemia

Campo Grande News - 16 de março de 2020 - 13:00

Tem passado despercebido entre as pessoas uma superfície pequena, mas que pode ser o grande vilão do novo coronavírus: os celulares, smartphones e dispositivos similares. Constantemente nas mãos das pessoas, eles também precisam de higienização para prevenir surto da nova pandemia em Mato Grosso do Sul, mas acabam esquecidos na rotina de cuidados.

Infectologista da Santa Casa, Priscila Alexandrino disse que, em cenário ideal, é preciso limpar o aparelho com álcool 70 todo momento em que as pessoas puderem e lembrarem. Na impossibilidade, ao menos três vezes ao dia: de manhã, de tarde e de noite.

A vigilante de 50 anos Josinete de Almeida, 50, admitiu que não tem o cuidado e que apenas “limpa o celular na roupa quando a tela está embaçada e não consegue enxergar”. Ela não sabia ser necessário limpar os aparelhos ao menos três vezes por dia.

“Pode ser o certo, mas ninguém vai fazer”, disse ela, que declarou ser a única a utilizar o aparelho. “A gente está muito vulnerável por mais que digam para fazer a limpeza nos aparelhos, lavar as mãos, aqui não funciona, a gente não tem acesso toda hora a isso”, disse, ela, que estava na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Coronel Antonino apoiada em um corrimão.

A vigilante reclamou do que chamou de especulação. “Absorver tudo é difícil”, comentou ela, preocupada com os filhos de 32 e 22 anos. “Um deles é barbeiro e tem contato com muita gente”, lamentou.

Funcionária de limpeza pública da concessionária Solurb, Nazilda Ferreira de Souza, 51, disse só limpar o aparelho no final de semana. Apesar de ter dito saber da importância da higiene, afirmou trabalhar o dia inteiro. “Como vou limpar três vezes ao dia se eu entro no serviço às 7h e só saio às 17h”.

“Tenho medo porque a gente não sabe com quem está, dá medo, uso ônibus, pego lotado, como vou saber”, disse ela.

A atendente Indianara Pâmera, 19, disse que além de não limpar o aparelho, ainda compartilha o celular com a cunhada e o marido. “Pra ser bem sincera nunca passo álcool gel. Tenho medo porque estou com dengue”, comentou enquanto aguardava atendimento na UPA Leblon.

“Ambiente da UPA é muito mais prejudicial por conta do ar, é mais propício”, emendou.

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