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Tire suas dúvidas sobre o uso de anticoncepcional oral

Portal Segs - 17 de outubro de 2015 - 15:00

Muitas mulheres hoje em dia tomam pílula anticoncepcional para evitar uma gravidez indesejada, mas até hoje ainda existem várias dúvidas a respeito do uso desse medicamento de uso contínuo, que começou a ganhar popularidade na década de 60. Tomar pílula faz mal? Como saber qual a pílula mais adequada? O contraceptivo pode atrapalhar na hora de engravidar? Essas e outras questões relacionadas ao tema ainda permeiam o cotidiano feminino.

A Dra. Taluana Franchi Rizzo, ginecologista e consultora Netfarma, esclarece algumas das dúvidas que costumam surgir em consultório:

• Tomar pílula faz mal? Como qualquer outro medicamento, o anticoncepcional pode causar efeitos colaterais, como dor de cabeça, inchaço, enjoos, entre outros. Por isso, deve ser usado com critério, e sempre sob orientação médica. Os efeitos colaterais estão relacionados ao tipo de hormônio que compõe a pílula usada, e os efeitos dessa droga em cada organismo. Caso a mulher comece a tomar uma pílula e sofra algum tipo de reação, deve avisar seu médico para que possa orientá-la.

• Como escolher a melhor pílula? A escolha do contraceptivo mais adequado deve levar em conta diversos fatores, tais como doenças crônicas (hipertensão, entre outras), antecedentes pessoais, tabagismo e inclusive fatores como ocorrência de cólicas e tendência ao inchaço. A indicação também está relacionada à idade da paciente e até a alguns desejos da mesma, como a melhora da oleosidade da pele e da acne por exemplo. Por isso, quem recomenda a melhor opção para a mulher é o médico ginecologista, após fazer uma avaliação do histórico da paciente, e nunca a própria paciente por conta própria.

• É preciso dar pausas no uso? Há médicos que ainda defendem que é preciso parar de tempos em tempos, mas a tendência mundial hoje é optar pelo uso contínuo, de até quatro cartelas, sem interrupção. Muitas mulheres optam por não menstruar, devido ao intenso ritmo de vida e à melhora da qualidade de vida, já que ela não terá cólicas nem TPM, por exemplo. Por isso, muitos anticoncepcionais já são formulados para proporcionar a interrupção menstrual. Em alguns países, como os Estados Unidos, já existem cartelas à venda com 84 comprimidos. Segundo a médica, hoje o uso ininterrupto é considerado seguro pela medicina, desde que seja feita uma avaliação e o controle regular junto ao ginecologista.

• A mistura de anticoncepcional e cigarro causa riscos? A combinação é considerada perigosa, pois há maior risco de ocorrência de trombose. Em geral, recomenda-se que mulheres que fumam e têm mais de 35 anos de idade não tomem pílula anticoncepcional. No entanto, a médica ressalta que o risco de trombose está ligado ao uso de qualquer anticoncepcional, independentemente da idade da mulher, mas obviamente cresce quando associado ao tabagismo e na mulher com idade superior aos 35 anos e uso de 15 cig/dia.

• O uso da pílula pode atrapalhar na hora de engravidar? De acordo com a especialista, tomar anticoncepcional não afeta a fertilidade, pois logo após parar de utilizar a pílula, a mulher já volta a ter ciclos ovulatórios. O retorno à fertilidade está relacionado à meia vida (tempo de ação da droga no organismo) da pílula, e as pílulas atuais têm meia vida de no máximo 48 horas. Ou seja, apenas 48 horas após parar a pílula a mulher já pode ovular. Com isso, não é por que utilizou o método que a mulher terá dificuldades para engravidar.

“Acima de tudo, sempre vale ressaltar que quem prescreve o anticoncepcional é o ginecologista, e nunca deve-se fazer o uso desse nem de nenhum outro tipo de medicamento sem consultar um médico especialista, já que a auto medicação pode acarretar sérios riscos à saúde”, complementa a Dra. Taluana.

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