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Terras para demarcação indígena são mantidas em sigilo

Campo Grande News/ Denis Matos - 07 de abril de 2010 - 16:00

Os deputados federais Dagoberto Nogueira (PDT) e Vander Loubet (PT) irão entregar, hoje à tarde, à presidência da República o relatório das propriedades rurais que o governo federal pretende comprar para resolver a questão indígena no Estado. A localidade exata das terras é mantida em sigilo para evitar especulações e retaliações aos proprietários.

O presidente da República, Luis Inácio Lula da Silva (PT), solicitou que se encontrassem áreas para as populações indígenas do Estado que demandam terras e que o governo está disposto a comprá-las através do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), que pagará o valor integral das propriedades. O pedido foi feito aos dois deputados federais e à Acrissul no final de fevereiro.

De acordo com Dagoberto, haverá uma reunião com Gilberto Carvalho, chefe de gabinete de Lula, na tarde de hoje e será entregue o relatório com todas as terras a venda.

São 67.500 hectares de terras distribuídas em doze municípios: Dourados, Juti, Amambai, Rio Brilhante, Paranhos, Sidrolândia, Dois Irmãos do Buriti, Guia Lopes da Laguna, Miranda, Antônio João, Maracaju e Ponta Porã.

O relatório foi coordenado pela Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul), que teve dificuldades em encontrar propriedades no município de Dourados, onde o problema de terras indígenas é acentuado.

O nome das propriedades é mantido em sigilo até a venda ser efetuada.

De acordo com Jonathan Barbosa, vice-presidente da Acrissul, a medida serve para evitar retaliações aos produtores: “Se o vizinho desse produtor descobre que ele vendeu as terras para ser ocupada por índios, ele pode querer pressionar e evitar a venda. Apenas depois de concluída a venda as áreas serão divulgadas”, explicou.

Dagoberto disse que após a entrega do relatório, Carvalho irá despachar com o presidente e marcar uma agenda para o início da compra das propriedades.

Lula havia solicitado urgência na questão, para que efetue a compra antes do fim de seu mandato.

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