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Terezinha Tagliaferro: Viagem inesquecível

Terezinha Tagliaferro, de Malta - 24 de agosto de 2011 - 11:21

Em 1999, estavamos em S.Paulo e decidimos aceitar um convite de amigos pra irmos até a
casa deles, em Rondonopolis.
No Brasil, o Fred,sempre gostou de viajar de onibus.Ele dizia que, nada melhor pra se conhecer a vida do dia a dia das pessoas e adquirir novas experiencias.Tenho so de concordar porque essa viagem nos ofereceu momentos inesqueciveis.

Foi uma pena que nao escrevi tudo como costumo fazer, pois a distancia de tanto tempo, muitas minucias se perdem.
Pra voces terem uma idéia saimos de S.Paulo de manha e so chegamos em Rondonopolis no dia seguinte, quase as 14h.
O tal onibus seguia com destino até Porto Velho e levaria mais dois dias pra chegar até la.
No inicio da viagem estava tudo bem.Sabe como é,primeiro impacto, cada um sonda o ambiente.So depois, quando alguém começa a conversar, contar \"causos \", ai tem momentos que é aquele alvoroço, depois se cansam, e acabam dormindo.
Tudo foi muito bem até quando em certa parada entrou uma jovém com uma menina de uns 3 anos.Se acomodou dois bancos na nossa frente, do lado oposto.O onibus seguiu o caminho e em outra cidade entrou um rapaz que sentou-se ao lado dela.Depois de um pouco os dois começaram a conversar e em pouco tempo ja estavam se conhecendo o bastante pra iniciar uma grande historia de amor.Nessas alturas eles so se preocupavam com o novo romance e a criança, impaciente, abandonada, decidiu que podia correr e pular por toda a parte.
Nos sabemos que criança é assim mesmo, mas todos nos estavamos preocupados pela sua sorte.Até que aquilo que todos nos temiamos aconteceu.A menina caiu e bateu a cabeça no ferro do pé do banco e fez um corte.Me recordo que foi o Fred que pegou a menina no colo, entregou pra mae e foi avisar o motorista do acontecido.
O motorista ligou pra Policia Rodoviaria mais proxima e ficou combinado do onibus entrar na proxima cidadezinha e levar a criança no PRONTO SOCORRO.
A cidade tinha as ruas tao estreitas que era dificil o onibus poder manobrar, mas chegamos la.Nessas alturas os passageiros ja começaram a se agitar, pois cada um tinha o seu compromisso.
Quando o onibus parou escutamos uma senhora falar o seguinte:- Nossa, o fulano que morreu era mesmo importante, chegou até um onibus para seu funeral.Depois é que fomos entender que o onibus tinha estacionado perto de um velorio.
Era um calor terrivel, aquele sol das 15h., dentro do onibus era um forno, fora uma fornalha, nao tinha muita escolha.O jeito era so ter paciencia e esperar.
Poucos minutos depois chega a noticia: Vamos dormir aqui porque a criança tera de ficar sob observaçao e o onibus nao pode deixar passageiros pelo caminho.Foi um descontento geral.
Apos algumas horas, graças a Deus,nem sei como, mas o fato foi que o médico liberou a criança e o onibus pode continuar sua viagem.A criança chorou, depois dormiu um pouco, talvez por efeito do susto ou da anestesia, mas algumas horas mais tarde ja começou a correr novamente.Ja era o cair da tarde, os passageiros preocupados pediram a mae pra tomar as devidas providencias e cuidar da filha dela, pois todos temiam que ela cairia novamente.
Esses onibus de tanto em tanto param pra se fazer a limpeza dos banheiros e assim a viagem foi se atrasando.
Durante o trajeto ele parou em certos lugares que nao tinham nenhum conforto para os passageiros. Tinha um lugar que tinha daquelas privada antigas, ainda com porta de tramela.Outro lugar tinha aqueles vasos sanitarios do tempo que eu ainda era criança.So pra entrar ja da medo porque tem de colocar o pé no lugar certo e depois se nao tiver cuidado acaba molhando a roupa, principalmente quem esta viajando de calças compridas.
So sei que a viagem atrasou tanto, que nossos amigos ja tinha ido na rodoviaria varias vezes e eles nos esperavam para o almoço.
Na verdade, quando chegamos la, nao sabiamos o que era mais urgente das 3 coisa: tomar banho, almoçar ou deitar numa bela cama.
Fizemos opçao pelo almoço porque ja estava tudo na mesa,estava tudo quentinho, um verdadeiro banquete.Foi so o tempo de lavar as maos.Deixamos o banho pra mais tarde.
Eu so de uma coisa tinha certeza: A viagem de onibus pode ser muita boa, de muita experiencia, mas eu nao queria voltar de onibus, estava bem cansada e satisfeita.
De fato acho interessante fazer essas experiencias porque so assim se pode valorizar como é bom possuir seu carro proprio e poder viajar por conta propria, com toda comodidade.

Terezinha de Jesus Tagliaferro

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