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Tenente relata pânico em Costa Rica durante assalto

Bianca Cegati - Campo Grande News - 05 de agosto de 2008 - 15:40

Em entrevista ao site de notícias O Correio News, de Chapadão do Sul, o tenente e comandante da PM (Polícia Militar) em Costa Rica, Oscar Leite, contou com detalhes o que viveu durante os assaltos de ontem a duas agências bancárias do município, que fica a 330 quilômetros de Campo Grande.

O policial, que foi feito refém do grupo de sete assaltantes, relatou que seguia da prefeitura da cidade para o quartel, na companhia de um sargento identificado como “Palácio”, e ao atravessarem a ponte sobre o rio Sucuriú, foram cercados por dois veículos, sendo um Fiat/Pálio e um Ford/Fiesta Sedan.

Segundo o tenente, os bandidos, encapuzados e com fuzis AR-15, desceram dos carros e afirmaram que não pretendiam machucar ninguém, apenas “assaltar dois bancos” e pediram aos dois que ficassem calmos, para “ninguém sair ferido”.

Dentro do carro da PM, em direção aos bancos do Brasil e HSBC, que seriam roubados, o policial recebeu o sinal dos ladrões de que tudo estava saindo conforme combinado, ao perceber que um deles havia efetuado seis disparos, ainda na rua. Em seguida, o restante da quadrilha invadiu as duas agências atirando, tomando como reféns quatro guardas, gerentes, funcionários e clientes.

Leite disse que foi mantido preso junto com Palácio dentro do carro da PM e viu um fiscal da Secretaria da Fazenda, que estava dentro de uma caminhonete Hilux oficial estacionada na avenida José Ferreira da Costa ser feito refém dos assaltantes.

Plano – O tenente explicou que, apesar de muito bem planejado, de acordo com a intenção dos ladrões, o assalto deveria ser feito simultaneamente nos dois bancos, o que não ocorreu, em função dos horários de abertura dos cofres não serem os mesmos: eles tinham conhecimento do funcionamento do Banco do Brasil, mas não sabiam que o cofre do HSBC só seria aberto 30 minutos depois.

Comunicando-se por meio de rádios, de acordo com Leite, os assaltantes decidiram não “perder tempo na cidadezinha”, não aguardando a abertura do segundo cofre, resolvendo deixar os bancos.

Com eles foram levados dois guardas e mais uma refém e enquanto seguiam pelas ruas de Costa Rica disparavam tiros para o alto, colocando em pânico os moradores que assistiam a tudo.

Fuga – Segundo o policial, os bandidos aparentavam calma e, somente na saída para o município vizinho de Figueirão perceberam que estavam sendo seguidos por uma motocicleta. Para espantar o condutor da moto, efetuaram novamente disparos para o alto.

A oito quilômetros da cidade, já na ponte sobre o rio Ibirussu, o grupo parou os carros, colocou os reféns para fora, rendeu um caminhoneiro que passava pelo local e estacionou o caminhão em cima da ponte para evitar a perseguição pela polícia.

Em seguida, os carros de passeio ocupados pelos ladrões foram incendiados, o veículo da PM foi jogado de um barranco e o bando fugiu na caminhonete Hilux em direção a Figueirão. Porém, de acordo com Leite, o rumo seguido pelos assaltantes pode ter levado a outras cidades como Paraíso das Águas, Camapuã e Alcinópolis ou até algum campo de pouso para aviões.

O policial não descartou, também, a possibilidade do grupo ter passado por Chapadão do Sul, pois há relatos de moradores de que pessoas de fora da cidade teriam almoçado em um restaurante do município, ocupando uma Hilux. (Com informações do site O Correio News)

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