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Tem problema deixar bebês assistirem TV ou vídeos?

BabyCenter Brasil - 27 de agosto de 2016 - 09:00

O fato de assistir TV ou vídeos ser prejudicial ou não ao bebê depende do tempo, da frequência e do contexto em que você deixa a criança pequena diante das telas dos aparelhos.

Segundo o pediatra Durval Anibal Daniel Filho, do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, não há grandes problemas se o bebê for exposto à TV dentro da rotina da família. Ou seja, quando os pais estão assistindo a um programa favorito ou às notícias, desde que o som não seja alto demais.

De acordo com ele, "ninguém deve usar a TV ou nenhum tipo de equipamento eletrônico para entreter a criança por longos períodos. Isso porque o bebê precisa de muitos outros estímulos de luz, cor e movimento" para desenvolver plenamente sua visão e audição.

Aos 2 meses, a criança está começando a fixar o olhar, então vai encarar tudo o que puder para exercitar os olhos.

No caso das telas , a atração exercida sobre a criança acaba sendo imensa devido ao brilho que o aparelho emite e aos sons que pode fazer.

Também não adianta justificar horas e mais horas de vídeos e programas especiais para bebês, porque já foi comprovado que eles não fazem ninguém ficar mais inteligente.

De vez em quando, por exemplo quando você quiser tomar um banho e não houver mais ninguém em casa, não tem problema usar um vídeo para deixar a criança entretida.

Mas o bom mesmo é esquecer as telas sempre que possível e deixá-la brincando à vontade ou simplesmente observando o mundo enquanto não consegue andar solta por aí.

A recomendação da Academia Americana de Pediatria é que se evite deixar crianças de menos de 2 anos vendo televisão. "O cérebro da criança se desenvolve rapidamente durante esses primeiros anos de vida e os mais novos aprendem melhor ao interagir com pessoas, não com telas", aconselha a entidade.

O pediatra Carlos José Silvestre, do Hospital e Maternidade São Luiz, afirma que não se deve deixar o bebê mais que 30 minutos ao dia vendo televisão, porque ele precisa de outros estímulos para crescer, não só os visuais.

Da mesma forma, o uso de smartphones e tablets deve ser limitado. Pode até ser bonitinho ver o bebê aprendendo a passar o dedinho pela tela, mas essa atividade "rouba" o tempo de outras importantes para seu desenvolvimento.

Os médicos têm se preocupado com a forma como a interação com esses equipamentos afeta o cérebro, que no bebê passa por rápidas transformações.

O receio é que a exposição exagerada a aparelhos eletrônicos tenha impacto sobre a capacidade de concentração da criança. Além disso, pode incentivar uma vida mais sedentária.

Os bebês devem ser estimulados a explorar o mundo fisicamente: brincando, tentando pegar ou montar um objeto, engatinhando etc.

É claro que você não precisa ignorar a tecnologia. É importante que a criança também desenvolva suas habilidades digitais -- mas no tempo adequado.

Também é inegável que esses dispostivos quebram o galho na hora do sufoco em um restaurante, por exemplo, quando você não consegue terminar sua refeição. O importante é não exagerar no uso.

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