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Teles pedem mais prazo para substituir pulso por minuto

19 de outubro de 2005 - 09:16

As operadoras de telefonia fixa pediram ontem à Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) mais prazo para implementarem a cobrança das chamadas telefônicas por minutos no lugar dos atuais pulsos. As três grandes concessionárias (Telefônica, Telemar e Brasil Telecom) apresentaram durante audiência púbica que discutiu o regulamento de conversão de pulso para minuto propostas de conversão gradual dos sistemas ao longo do próximo ano. A representante da Telefônica na audiência, Giuliana Del Bel, disse que a empresa têm condições técnicas para converter até o início do próximo ano 95% das 12 milhões de linhas telefônicas, mas disse temer uma situação "caótica" nos primeiros meses da transição. A empresa estima que a mudança deverá provocar um aumento de 70% no número de chamadas à central de atendimento telefônico, elevando de 3 milhões de ligações por mês para 5 milhões. Ela também destacou que as alterações nas regras, ainda em fase de discussão com a agência, deverão ser objeto de treinamento dos atendentes para que eles possam solucionar as dúvidas dos usuários, o que também demandará tempo após a edição definitiva dos novos regulamentos. Ela argumentou que se a implementação dessa mudança for feita "de uma forma açodada", a imagem da companhia e da própria Anatel pode ficar comprometida diante do usuário. O técnico da Telemar da área de novos regulamentos, Aírton Aragão, informou que a empresa tem condições de fazer a conversão de pulso para minuto para 80% dos usuários (atendendo a todos os municípios com mais de 200 mil habitantes) até 1o de março, como prevê o regulamento da Anatel. Para os municípios menores, ele defendeu um prazo maior: até julho de 2006 para cidades com mais de 100 mil habitantes, e até dezembro, para o restante dos usuários. Ao defender a conversão por fases, Aragão argumentou que as mudanças exigirão um trabalho de comunicação forte das empresas e do órgão regulador. Isso porque, ao trocar pulsos por minutos as contas de telefone dos usuários poderão ficar mais caras (no caso das chamadas mais longas) ou mais baratas (chamadas mais curtas) do que são hoje. Segundo ele, se a comunicação não for eficiente, os usuários que pagarem mais vão achar que as regras são "uma maldade nova" das empresas, e os que tiverem a conta reduzida vão pensar que "se livraram de uma maldade antiga". O representante da Brasil Telecom na audiência, Alexander Castro, afirmou que a empresa aguarda a formalização dos regulamentos que ainda estão em consulta pública para fazer investimentos de R$ 398 milhões para completar a conversão da rede. No caso da BrT, 60% dos seus 9,5 milhões de terminais já poderiam operar com minutos a partir de janeiro, mas a empresa ainda estima que seriam necessários mais 340 dias após a publicação do regulamento de conversão para atingir 91% dos telefones. "Seria prudente aguardar os resultados das consultas públicas", disse, ao comentar que a estimativa da empresa está relacionada também ao prazo solicitado pelos fornecedores de equipamentos.

Bonito News

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