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TAM: deputados fazem ressalvas à divulgação de diálogos

Iolando Lourenço/ABr - 01 de agosto de 2007 - 21:21

Brasília - Parlamentares da Câmara dos Deputados vêem com reservas a divulgação dos diálogos da caixa-preta do Airbus da TAM, que traz os últimos 12 minutos de conversa entre o piloto, o co-piloto e a torre de comando em Congonhas.

As informações vieram a público hoje (1º) pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Apagão Aéreo na Câmara.

"Primeiro tem que ser pensar no respeito às familias, segundo, se a divulgação não atrapalharia a investigação do caso. Se isso não ocorre, a divulgação não atrapalha", avaliou o presidente da Casa, Arlindo Chinaglia (PT-SP).

O deputado Fernando Gabeira (PV-RJ), que integra a CPI, se manifestou contrário à divulgação dos dados de forma isolada.

"As informações deveriam ser acompanhadas de uma análise, e não liberadas isoladamente". De acordo com ele, a divulgação isolada pode levar a conclusões precipitadas, o que seria uma "irresponsabilidade".

No entanto, Gabeira ponderou que não adiantaria a CPI reter esses dados, já que o vazamento seria inevitável por causa da repercussão do assunto. "A maioria da CPI foi favorável à divulgação. E eu, aceitei".

O deputado Otávio Leite (PSDB-RJ), que propôs a criação da CPI, disse que, antes de divulgar, a comissão deveria ter checado se havia algum impedimento legal para isso.

"Era preciso verificar se o Brasil assinou algum tratado internacional que impeça a divulgação de elementos de caixas-pretas", disse, acrescentando que está fazendo esse levantamento.

O deputado Miguel Martini (PHS-MG), ex-controlador de vôo, concorda. Para ele, a CPI não poderia ter divulgado os dados. "Ao divulgá-los, corremos o risco de ferir alguma legislação internacional que impeça essa divulgação".

Na avaliação dele, a divulgação "não ajuda em nada e em nada contribui para melhorar as condições do sistema de tráfego aéreo nacional".

Para Jair Bolsonaro (PP-RJ), os dados não deveriam ser divulgados, porque é preciso respeitar a dor e a intimidade das famílias da vítimas.

"Acho que não é o caso de divulgar os diálogos. Isso pode provocar os familiares com a conversa dos momentos que antecederam o final da vida de seus entes".


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