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Talão eletrônico verifica de infração a ficha criminal

Campo Grande News/ Fernanda França e Denis Matos - 17 de março de 2010 - 17:02

O talão eletrônico de multas, apresentado hoje pelo Detran/MS (Departamento Estadual de Trânsito), é capaz de verificar não só infrações de trânsito e eventuais faltas de pagamento de tributos, mas ficha criminal do motorista abordado.

O PDA (Personal Digital Assistants), uma espécie de computador de dimensões reduzidas que começará a ser utilizado para punir infratores, é interligado com o SIGO (Sistema Integrado de Gestão Operacional) e com a rede Infoseg, que reúne informações de segurança pública dos órgãos de fiscalização do Brasil.

Desta forma, o agente de trânsito pode saber imediatamente, durante a abordagem, se o motorista deixou de pagar o licenciamento do veículo, o IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores), se tem passagens pela Polícia e até se o veículo é roubado, ou se existe mandado de prisão em aberto. O mesmo sistema já é utilizado pela Polícia Rodoviária Federal.

É necessário que o condutor seja parado e receba uma cópia da multa aplicada. Imediatamente, já começa a contar o prazo para que ele recorra no órgão competente.

Segundo o diretor do Detran, Carlos Henrique dos Santos Pereira, 25 equipamentos já estão em poder da Ciptran (Companhia Independentes de Policiamento de Trânsito) e há 5 na reserva.

Dentro de aproximadamente 30 dias, a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) receberá outros 30 minicomputadores para a fiscalização nas ruas.

Os prefeitos do interior de Mato Grosso do Sul já podem procurar o Detran para solicitar os equipamentos. Santos Pereira disse que em um ano haverá 200 PDA's em funcionamento no Estado. O Detran espera economizar R$ 70 mil com o uso das máquinas ao invés de papel.

A empresa Compnet, a mesma responsável pelo Sigo, foi contratada para a locação dos equipamentos. A bateria do PDA dura aproximadamente 8 horas, mas os agentes de trânsito carregarão reservas. O rolo de papel tem capacidade para 50 notificações.

Santos Pereira não quis especificar o valor gasto pelo governo com os equipamentos, já que a empresa não só loca os PDAs como também executa atualizações nos programas e oferece o serviço de manutenção.

De acordo com ele, o talão eletrônico tem acesso rápido à internet e é conectado direito à base de dados do Detran. Desta forma, haverá economia não só de papel, mas de pessoal, já que não será mais necessário que um funcionário seja destacado para digitar as multas.

Violência - O diretor da Agetran, Rudel Trindade, defendeu a multa como instrumento contra os acidentes, que são rotina na Capital. “Não é o trânsito que é violento, nós é que somos”, justifica.

Segundo ele, o poder público tem feito a sua parte para dotar Campo grande de sinalização. “Vamos ter R$ 55 milhões para mobilidade urbana e o prefeito prometeu mais R$ 40 milhões, 35 milhões são só para semáforos”, diz, apostando que em 2 anos o trânsito em Campo Grande estará bem diferente do que é hoje.

Apesar de equipamentos como lombadas eletrônicas serem instaladas nas principais vias da Capital, com multa pesada aos que ultrapassam velocidade, os índices apresentados hoje durante a coletiva para lançamento do talão eletrônico, comprovam que não surtiram grande efeito.

O número de acidentes em Campo Grande subiu 9%, com variação para mais em casos de feridos (10% maior), e de danos matérias (9% a mais).

No mesmo período, a frota de veículos na capital subiu em proporção menor: 8%.
Já os mortos diminuíram de 91 para 58, redução de 36%, isso no local dos acidentes, sem considerar os que morrem no hospital.



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