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Tabela pode revelar hábitos alimentares da população

Saulo Moreno/ABr - 10 de outubro de 2004 - 08:37

A Tabela Brasileira de Composição de Alimentos (Taco), divulgada nesta sexta-feira (8) pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, mostra os componentes e valores nutricionais de 198 produtos, inclusive os da cesta básica. Para o secretário nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, José Baccarin, um dos grandes valores da tabela é revelar a qualidade nutritiva dos produtos de cada região. "Se você comparar os dados da tabela com os hábitos alimentares da população, você pode saber se ela está comendo mais adequadamente", disse o secretário. Outra inovação da tabela é revelar o percentual de gorduras trans (que sofrem transformação na estrutura química e fazem mal à saúde) dos alimentos industrializados.

A lista foi desenvolvida pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas em Alimentação da Universidade de Campinas (NEPA/Unicamp), a partir de incentivos dos ministérios da Saúde e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Até agora, essa primeira fase consumiu cerca de R$ 1,5 milhão e inclui menos de 10% dos alimentos à disposição da população em todo o país. Numa próxima fase, serão relacionados mais 200 produtos e até 2006, a Taco deverá contar com 700 itens.

Destinada mais aos profissionais de nutrição e medicina, a Tabela Brasileira de Composição dos Alimentos vai permitir a elaboração de dietas e tratamentos mais eficazes. Até agora, os dados sobre a composição dos produtos nacionais eram todos baseados em traduções de tabelas norte-americanas, onde os alimentos e os hábitos da população são diferentes.

A idealizadora da tabela, a professora da Unicamp, Maria Antônia Galeazzi, vai mais além. Ela diz que a Taco, além de atender os profissionais de saúde e nutrição e a própria população com um conhecimento mínimo sobre valores nutricionais, pode ser muito útil na área de produção. “Nas cooperativas agrícolas, se os agricultores conhecerem o teor dos alimentos que estão produzindo, eles podem dar maior incentivo para que a população consiga consumir esses alimentos, que são mais adequados, mais saudáveis e com maior teor nutricional”, avalia.

Segundo ela, o próximo passo no desenvolvimento da tabela será pesquisar alimentos caracterizados como produtos regionais. Os ministérios da Saúde e do Desenvolvimento Social e combate à Fome vão investir mais R$ 2,38 milhões em pesquisas de novos produtos. A Taco está à disposição de toda a população em três endereços eletrônicos: os sites dos ministérios da Saúde, do Desenvolvimento Social e Combate À Fome e da Unicamp.




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