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Suspeito das mortes de advogados está em Goiânia

Cúpula da Segurança Pública de Goiás conclui primeira etapa da investigação, com identificação dos autores e apresentação de provas durante coletiva de imprensa neste sábado (31/10). Próximas fases devem apontar motivação e se há mais pessoas envolvidas.

Governo de Goiás - 01 de novembro de 2020 - 08:40

Secretário de Segurança Pública, Rodney Miranda, e representantes da força-tarefa para apurar crime que vitimou dois advogados em Goiânia apresentaram resultados da primeira fase das investigações em coletiva de imprensa na manhã deste sábado
Secretário de Segurança Pública, Rodney Miranda, e representantes da força-tarefa para apurar crime que vitimou dois advogados em Goiânia apresentaram resultados da primeira fase das investigações em coletiva de imprensa na manhã deste sábado

A força-tarefa criada pelo Governo de Goiás para investigar o duplo homicídio que vitimou dois advogados em Goiânia apresentou em tempo célere, neste sábado (31/10), a primeira fase da operação com respostas à sociedade sobre os responsáveis pela execução do crime. Agora avança para apurar a motivação e a possível participação de outras pessoas.

“Vamos para as outras etapas, que vão definir se foi pistolagem, a mando, ou realmente latrocínio. De qualquer maneira pretendemos elucidar o mais rápido possível”, assegurou o secretário de Segurança Pública, Rodney Miranda.

Frank Alessandro Carvalhaes de Assis e Marcus Aprigio Chaves foram mortos a tiros na tarde de quarta-feira (28/10), no escritório onde trabalhavam, no Setor Aeroporto. Imediatamente, a Secretaria de Segurança Pública (SSP), sob determinação do governador Ronaldo Caiado, montou uma força-tarefa para investigar o caso, composta por cerca de 50 agentes, entre eles delegados, papiloscopistas e datiloscopistas.

A ação ocorre no âmbito da Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios (DIH), com apoio das inteligências das forças policiais (Polícia Civil e Militar).

O delegado-geral da Polícia Civil, Odair José Soares, abriu a entrevista coletiva deste sábado prestando solidariedade às famílias das vítimas, e garantiu o empenho da corporação em concluir o inquérito do caso.

“A sociedade não aceita mais tamanha covardia. É na Polícia Civil que está o braço do Estado para que tais crimes não fiquem impunes, para que sejam elucidados e seus autores responsabilizados”, disse. “Essa ação é mais um bom exemplo de como as equipes altamente capacitadas conseguiram, em tempo muito curto, identificar os autores desse brutal crime e colher provas e apresentá-las à sociedade.”

Já o coordenador da força-tarefa e titular da Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH), Rilmo Braga, chamou a atenção para a rápida resposta investigativa que a polícia goiana tem apresentado, a exemplo desse caso. “Todos os crimes de repercussão do ano de 2020, todos, absolutamente todos foram elucidados, justamente em razão da velocidade que essas forças-tarefas permitem que as diligências sejam feitas de forma concatenada e, claro, integrada com as demais forças de segurança, que sempre têm nos prestado imediato apoio”, frisou.

Investigação

Sobre a dinâmica do crime, o delegado Rhaniel Almeida explicou que o isolamento do local e as provas coletadas ali foram essenciais para identificação da dupla responsável pela execução, Pedro Henrique Martins Soares e Jaberson Gomes.

A força-tarefa descobriu que os dois estavam em Goiânia desde 24 de outubro, e se hospedaram em hotéis até o dia do fato, o que corrobora com a informação de que a execução foi planejada. “O crime aconteceu por volta das 14h30. Às 15h10, eles já estavam deixando Goiânia rumo a Anápolis. Em Anápolis, tomaram um ônibus com destino a Palmas”, afirmou.

Em rápida ação, o delegado afirmou que o Poder Judiciário, com parecer favorável do Ministério Público de Goiás (MP-GO), acatou o pedido de prisão, ocasião em que membros da força-tarefa se deslocaram até o município de Porto Nacional, em Tocantins, para realizar as buscas.

Pedro Henrique foi localizado e detido na sexta-feira (30/10), com o apoio da Polícia Civil local. Nesta manhã de sábado, foi transferido para Goiânia, onde permanece preso. Já Jaberson morreu em confronto com policiais militares do Tocantins.

O delegado Rilmo Braga declarou que não há dúvidas sobre a autoria do crime. “Essa é a dupla de executores. São provas científicas, provas testemunhais e provas de diversas naturezas de inteligência policial”, disse. Entre elas está a arma do crime, apresentada durante a entrevista coletiva e que ainda deve passar por confronto microbalístico.

Os membros da força-tarefa explicaram que as próximas etapas da investigação seguirão sob sigilo, o que garantirá maior eficiência na elucidação total do caso. “Não somente porque é uma determinação do código do processo penal, mas porque neste caso é perfeitamente possível que haja um prejuízo enorme para as futuras vindouras diligências”, informou o titular da DIH.

O custodiado Pedro Henrique, apontado como autor dos disparos que mataram os advogados, ainda passará por interrogatório formal.

Dinâmica do crime e perfil dos autores

Na última quarta-feira (28/10), o assassinato dos advogados Marcus Aprígio Chaves e Frank Alessandro Carvalhaes de Assis causou choque e consternação em Goiás e teve repercussão nacional. Segundo a Polícia Civil, os autores são Pedro Henrique Martins Soares, de 25 anos, e Jaberson Gomes, morto em confronto com a polícia do Tocantins. Jaberson é apontado como o responsável por ter ligado, agendado e monitorado a rotina dos advogados.

No dia do crime, os dois entraram no escritório das vítimas, localizado no Setor Aeroporto, em Goiânia, por volta das 14h. Pedro Henrique é apontado como o executor, responsável por efetuar três disparos em uma vítima e um disparo na outra. No escritório dos advogados, os criminosos levaram a quantia de R$ 2 mil e fugiram após os assassinatos. O secretário de Segurança Pública de Goiás, Rodney Miranda, afirma que o crime foi planejado. A prisão preventiva dos autores foi decretada apenas um dia depois.

Considerados de extrema periculosidade, os suspeitos possuem extensa ficha criminal. Pedro Henrique tem a fama de ser um dos maiores matadores de aluguel do Estado de Tocantins. “Segundo ele relatou para os nossos agentes, quando perguntado quantas pessoas ele tinha matado, a resposta foi a seguinte: com esses dois, 12 pessoas”, disse o delegado Rhaniel Almeida.

Fotos: Divulgação/SSP-GO

Secretaria de Comunicação - Governo de Goiás

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