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Suposta vítima de incêndio aparece em seu velório

Jacqueline Lopes/Campo Grande News - 07 de agosto de 2004 - 08:27

Uma mulher de 37 anos, grávida, considerada morta pela família no incêndio que devastou o hipermercado de Assunção Ycuá Bolaños, em Assunção, no Paraguai, no domingo passado, saiu do hospital e voltou para a casa horas depois da tragédia, interrompendo o próprio velório e assustando parentes e vizinhos que rezavam por ela.
Segundo matéria publicada no Terra, a confusão foi motivada pela divulgação provisória da lista de mortos pela televisão, na qual Aguilera foi dada como vítima, só que, na verdade, ela estava em um hospital. Depois de ser medicada por alguma horas, Aguilera retornou à casa às 22h da noite de domingo, no momento em que a família chorava e rezava por sua alma, detalhou o jornal.
"Nunca pensei um dia na minha vida que iria assistir a meu próprio funeral", declarou a "ressucitada" Maria Esther Aguilera, sobrevivente do incêndio que destruiu o Yucá Bolaños, ao jornal Crônica. Aguilera contou que ao chegar a sua casa de Limpio, perto de Assunção, deparou com "200 pessoas rezando". "Minha mãe desmaiou quando me viu", comentou.
Desfeita a confusão, Maria Esther Aguilera, mãe de três filhos e grávida do quarto, recebeu a visita dos investigadores da tragédia, Edgar Sanchez e Teresa Sosa. "Eles me pediram os documentos para me retirar da lista dos falecidos", declarou. "Também me disseram que tenho que ir ao Registro Civil preencher um documento comprovando que estou viva", acrescentou.
Casos de confusão como esse estão se multiplicando na capital Assunção em função da grande quantidade de mortos, mais de 440. Parentes da vítima Carlos Ramon Aguero denunciaram que uma outra família pretendia exumar o corpo enterrado dias atrás, acreditando que houve um equívoco. Entre soluços, a filha de Carlos, Nancy Aguero, afirmou à televisão: "Estamos certos de que se trata de meu pai. Reconheci-o pela roupa, pela fisionomia"
O ministro paraguaio do Interior, Orlando Fiorotto, explicou que a desordem e o caos que se seguiram ao trágico incêndio complicavam o estabelecimento de um levantamento definitivo sobre o número de mortos, além de dificultar o registro de feridos e desaparecidos.



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