O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) se colocou à disposição do Conselho de Ética para relatar o caso por quebra de decoro parlamentar contra o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL). O presidente do Conselho, Sibá Machado (PT-AC), disse por diversas vezes estar com dificuldades para encontrar o novo relator. Nesta quinta-feira, a reunião do órgão foi adiada pela falta de um relator.

De acordo com denúncias, Calheiros teria despesas pessoais - inclusive a pensão para a filha que tem com a jornalista Mônica Veloso - pagas por um lobista da construtora Mendes Júnior.

O presidente do Conselho diz que conversou com todas as lideranças pedindo uma indicação. Segundo ele, a relatoria só será dada para a oposição caso ninguém da base aliada do governo aceite. Suplicy é da base aliada, mas diz que não recebeu nenhuma oferta.

O problema é que Suplicy se manifestou por diversas vezes em favor do aprofundamento das investigações e o governo quer arquivar o processo.

A cadeira de relator está vaga depois que o senador Wellington Salgado (PMDB-MG) deixou o cargo, ontem, e Epitácio Cafeteira (PTB-MA) ter se afastado por motivos médicos.

Além de Suplicy, o líder do PMDB, Valdir Raupp (RO), também se colocou à disposição do Conselho. Ele, no entanto, é suplente no colegiado e Machado disse que ele só pode assumir como titular.

Sibá deu prazo até domingo para designar um novo relator. Ele não marcou uma nova sessão para votar a representação por quebra de decoro parlamentar contra Calheiros.




Terra