A Superintendência Regional do Trabalho em Mato Grosso do Sul aumentou em 8% desde o começo da semana a média diária de carteiras de trabalho emitidas e entregues à população. A fábrica que confecciona os documentos mudou de lugar dentro do prédio para melhorar a logística da produção e distribuição.

Com isso, mais senhas de atendimento para o serviço puderam ser emitidas. O agendamento atualmente é feito pela internet e o trabalhador vai ao local somente no dia e hora marcados.

De acordo com o superintendente do ministério no Estado, Vladimir Benedito Struck, a repartição conseguia emitir de 200 a 230 carteiras por dia até a semana passada. Desde segunda, a capacidade saltou de 230 a 250 documentos.

“A fábrica era no terceiro andar. Então o atendente dava entrada no sistema e alguém tinha que descer com os documentos prontos para entregar ao trabalhador”, explica o gestor.

Outro fator que ajudou a elevar a capacidade de atendimento foi a troca do servidor de internet usado por todas as superintendências do Brasil, por decisão da chefia do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego). “O servidor atende o cidadão, que só vai embora com a carteira de trabalho na mão, que é entregue na hora. O atendimento não dura mais do que cinco minutos”, diz Struck.

Antigamente, segundo ele, os trabalhadores tinham dois trabalhos. Primeiro ir até a sede do órgão, na Rua 13 de Maio, sem saber se conseguiria ser atendido, já que eram distribuídas apenas 100 senhas por dia. Depois tinha que ir para casa e esperar o dia marcado para retornar ao órgão e buscar o documento.

“Eu tenho hoje aqui na superintendência cerca de 1.700 carteiras de trabalho paradas desde 2003 cujos donos não vieram retirar. A carteira é um dos poucos documentos de graça para o cidadão, mas elas têm um custo para o poder público. Cada uma sai em média por R$ 40 reais”, afirma.

Isso quer dizer que as medidas implantadas no órgão representaram uma economia. Se todos esses documentos abandonados na superintendência tivessem sido emitidos hoje, seriam R$ 85 mil que poderiam ser injetados em outros setores.

Órgãos conveniados, como a Funtrab (Fundação do Trabalho de Mato Grosso do Sul) e Funsat (Fundação Social do Trabalho de Campo Grande), fazem apenas o cadastro e entrega dos documentos. Como as carteiras são feitas de papel moeda, somente órgãos federais podem produzi-las.

Além de Campo Grande, os documentos também são confeccionados em Dourados, Três Lagoas, Aquidauana, Paranaíba, Ponta Porã, Naviraí e Nova Andradina.

O agendamento para emissão de carteira de trabalho pode ser feito neste link. Na semana que vem, apenas a superintendência atenderá a população para esse serviço, já que a Funtrab e Funsat fecham para treinamento de servidores de segunda a sexta-feira.