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Sucessão de erros causou tragédia em Porto Murtinho

Correio do Estado - 26 de setembro de 2014 - 08:55

Uma sucessão de erros causou o naufrágio do barco-hotel “Sonho do Pantanal”, embarcação paraguaia, ocupado por 27 pessoas, anteontem à tarde. Das 14 que sumiram nas águas do Rio Paraguai, em frente à cidade de Porto Murtinho, três tinham sido achadas mortas, até o início da noite de ontem.

O navio afundou logo depois de uma tempestade seguida de rajadas de ventos de até 92 km/h. Das 27 pessoas que seguiam no barco, 16 são brasileiras e 11 paraguaias. O naufrágio ocorreu a poucos metros da margem do rio, na comunidade paraguaia conhecida como Carmelo Peralta.

Assim que o tempo fechou e a rajada de vento avançou sobre a região, a Marinha brasileira emitiu um sinal de alerta aos comandantes de barcos que navegavam pelo Rio Paraguai aos arredores de Porto Murtinho, o “Sonho do Pantanal” um deles.

“Sempre fazemos isso [sinalização de alerta] em casos de tempestades, avisamos as tripulações dos barcos via rádio”, disse o capitão-tenente da Marinha, Alexandre Brandão.

O comandante do barco-hotel, contudo, desprezou a informação e seguiu navegando. Restavam apenas 30 metros de distância para que o navio paraguaio fosse atracado nas margens do rio.

O naufrágio ocorreu repentinamente, segundo depoimentos dos sobreviventes, colhidos ontem pelo delegado da Polícia Civil, Rodrigo Zannoto. “Havia coletes salva-vidas dentro do barco, mas nenhum dos ocupantes vestia os esquipamentos de segurança”, disse o delegado.

''Escapei por sorte''
Encarregado de produção em fábrica de Londrina (PR), Kezley Roger, 27, chorava o tempo todo ontem à tarde à beira do Rio Paraguai de onde via os bombeiros resgatarem os corpos das vítimas do naufrágio do barco-hotel “Sonho do Pantanal”.

Na relação dos desaparecidos, o avô e o sogro.

Velório coletivo
A pequena cidade de Alvorada do Sul, no norte do Paraná, está desolada. Cinco de seus moradores estavam na embarcação que naufragou no Rio Paraguai, na tarde de quarta-feira.

A reportagem é de Celso Bejarano, enviado especial a Porto Murtinho, e de Gabriela Couto (Campo Grande)

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