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STF suspende reintegração de posse e índios liberam rodovia

Viviane Oliveira e Hélio de Freitas, enviado especial a Antônio João - Campo Grande News - 21 de outubro de 2015 - 07:44

Índios comemoram a decisão do STF, que saiu nesta madrugada. (Foto: Eliel Oliveira)
Índios comemoram a decisão do STF, que saiu nesta madrugada. (Foto: Eliel Oliveira)

O STF (Supremo Tribunal Federal) suspendeu nesta madrugada (21), liminar que pedia a reintegração de posse de três fazendas ocupadas por índios Kaiowá Guarani, na região de Antônio João, distante 279 quilômetros de Campo Grande.

A MS-384 que estava bloqueada em protesto contra reintegração foi liberada pelos indígenas depois da notícia dada pelo coordenador da Funai (Fundação Nacional do Índio) de Ponta Porã, Élder Paulo Ribas da Silva. Cerca de 60 indígenas, entre homens, crianças e mulheres bloqueavam a via com paus, galhos e pedras.

O coordenador da Funai acredita que com essa decisão do STF, vai facilitar o processo de negociação para indenização dos produtores. Segundo ele, os proprietários das áreas reivindicadas já admitem uma negociação em deixar a terra para os índios. “Com essa liminar, vai ser difícil rever e vai facilitar a homologação das terras”, destaca.

Conforme Élder, 550 índios estão nas áreas ocupados desde agosto, segundo o senso feito pelo Exército. A tropa de choque da Polícia Militar e Polícia Federal, que estavam no museu do Exército, não chegaram a ir até o local.

A reintegração de posse de uma das três fazendas, em Aral Moreira, a 364 quilômetros de Campo Grande, está mantida para sexta-feira (23). No entanto, os índios tem expectativa de reverter a decisão com apoio do MPF (Ministério Público Federal).

Ocupação - Os índios voltaram a ocupar as áreas em agosto deste ano, uma década depois de serem despejados por ordem da Justiça. Eles reivindicam a homologação do território Ñanderu Marangatu, de 9.300 hectares. Uma semana depois de reocuparem as fazendas em Antônio João, os índios entraram em confronto com produtores rurais que tentavam fazer a reintegração das áreas por conta própria. O índio Semião Fernandes Vilhalba, 24, levou um tiro na cabeça durante o confronto e morreu.

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