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Sou infeliz na carreira, mas ganho bem. O que fazer?

Maurício Sampaio* - 08 de setembro de 2014 - 14:02

De um lado, carga horária elevada, cobrança excessiva, competição exagerada e sentimento de insegurança. Do outro, um bom salário. O que fazer? Buscar a felicidade profissional e arcar com eventuais prejuízos financeiros ou manter como está e ir até o limite?

Muitos vivenciam diariamente esse dilema do que fazer com a carreira, pois, infelizmente, vivemos em um mundo de infelicidade. Ao menos este é o sentimento que uma boa parte da população está sentindo, segundo uma pesquisa da International Stress Management Association no Brasil (ISMA-BR).

De acordo com o levantamento, apenas 24% dos brasileiros se sentem realizados com sua vida profissional. Essa pesquisa é de 2011 e aposto que o índice hoje seja ainda pior.

O que pouca gente sabe é que o principal vilão dessa história não está exatamente ligado à rotina atual. A frustração é fruto de uma má escolha profissional e, normalmente, isso tem origem na juventude.

Durante esses últimos 10 anos atuando como orientador e coach de carreira, acompanhei diversas histórias, de jovens, adultos e profissionais seniores. Conheci executivos em processo de depressão mesmo com muito dinheiro no bolso, empresários estressados e arrependidos mesmo com os negócios crescendo a todo vapor.

O peso da família e do dinheiro

Muitos desses meus clientes foram honestos e humildes em admitir que não foram eles que escolheram essas vidas, mas, sim seus pais e o dinheiro. Todos, sem exceção, falavam sobre suas frustações e o sentimento de vazio, de algo incompleto. Como se a vida tivesse retalhado suas conquistas. Deu de um lado, e tirou de outro.

O sentimento de descontrole da própria vida talvez seja uma das principais características de quem deseja mudar e não consegue. Provavelmente você já tenha escutado alguém dizer algo como “agora eu não consigo mais mudar, é muito difícil”, “estou ganhando dinheiro e tenho medo de perder tudo” ou “e se não der certo?”.

Esse é o fardo que muitos infelizes carregam e a principal muleta de quem quer ter uma vida medíocre. O controle da vida está nas mãos das próprias pessoas.

Não estou fazendo apologia ao “rebeldismo”, do tipo “vou largar tudo, não quero nem saber e agora vou ser feliz com o que escolher, doa a quem doer”. Até porque eu acredito que não seja simples assim.

O que eu sugiro é que você tenha uma atitude positiva, que acredite em si mesmo e se planeje. Assim, viverá mais próximo da felicidade e do prazer.

* Maurício Sampaio é coach de carreira, educador, orientador vocacional e profissional, palestrante, escritor e fundador do InstitutoMS. www.mauriciosampaio.com.br

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