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Geral

Soja: veja a cotação no Brasil e no Mundo

Argemiro Luís Brum - 25 de janeiro de 2005 - 08:20

As cotações do grão de soja na Bolsa de Chicago tiveram uma semana de quedas (e também mais curta em função do feriado de segunda-feira nos EUA, alusivo a Martin Luther King). Além disso, a mudança do primeiro mês de contrato, trouxe as cotações para um patamar mais baixo.

Com a aproximação dos meses de colheita na América do Sul, e com o bom desempenho do clima favorecendo o desenvolvimento das lavouras brasileiras e argentina, no momento, não há motivos que indiquem problemas de safra nesta região, fato que pressiona fortemente as cotações e estas não conseguem se elevar.

Além disso, a possibilidade de uma nova epidemia de gripe aviária na Ásia começa a preocupar os operadores em Chicago, já que o consumo de farelo poderá ser afetado num futuro próximo. Em 2004, a gripe aviária se alastrou por dez países, obrigando o abate de 100 milhões de aves, com diminuição do consumo de farelo de soja e milho, componentes da ração animal.

O mercado europeu de farelos CIF Rotterdam teve uma semana com alguns negócios realizados. Foi negociado pellets de soja da Argentina com preços em torno de US$ 208,00/tonelada FOB.

Já no mercado FOB argentino, poucos negócios realizados. Com os registros de exportação indicando um volume acumulado, até o dia 18/01, de 6,64 milhões de toneladas de grão (volume idêntico ao do ano anterior em igual data); 16,60 milhões de toneladas de farelo (contra 16,58 milhões em igual período do ano anterior) e 3,79 milhões de toneladas para o óleo (contra 3,75 milhões no ano anterior).

Informações da Secretaria da Agricultura da Argentina dão conta de que a área cultivada com soja na safra 2004/05 ficou em 14,2 milhões de hectares ante as 14,5 milhões de hectares na safra 2003/04.

No mercado interno brasileiro, o ritmo dos negócios refletiu a semana mais curta nos EUA, com ausência de pregão na segunda-feira (17). Na prática os negócios estão regionalizados, e os compradores procuram aguardar queda nos preços, já que Chicago está caindo e o clima desenvolve-se favorável à cultura.

Nesse sentido, o mercado gaúcho viu sua média recuar para R$ 29,65/saco nesta semana. Apesar disso, no mercado de lotes alguns negócios foram realizados. A semana encerrou com negócios (de um bom volume) no FOB interior (região de Passo Fundo e das Missões) com preços variando entre R$ 33,00 e R$ 33,50/saco. No CIF de Rio Grande, os preços ficaram em R$ 34,50/saco.

No Paraná, alguns negócios realizados no Porto de Paranaguá a R$ 34,00/saco à vista. No CIF de Ponta Grossa, não houve negócios e o preço ficou entre R$ 33,50 e R$ 34,00/saco, na compra. No Oeste paranaense, preços entre R$ 32,00/saco (na compra) e R$ 33,00/saco (na venda).

No Mato Grosso, poucos negócios e o mercado aguardando maior entrada da safra nova. Os preços encerraram a semana variando desde R$ 24,70/saco em Sapezal, passando por R$ 25,80/saco em Lucas do Rio Verde e chegando a R$ 28,50/saco em Rondonópolis.

Por fim, o mercado interno brasileiro de óleo e de farelo de soja desta semana mais uma vez apresentou-se calmo. No caso do farelo, poucos negócios e para necessidades imediata dos compradores. Os preços apresentaram uma melhora, tendo fechado a semana, no FOB interior paulista, a R$ 520,00/tonelada à vista. No mercado gaúcho, apesar de os preços terem registrado recuo (fechando a semana em R$ 545,00/tonelada no FOB interior), a movimentação foi fraca. No CIF os preços permaneceram nos R$ 560,00/tonelada. Ambos com pagamento em 30 dias.

No caso do mercado interno do óleo, igualmente os preços apresentaram algum recuo, apesar disso, a semana foi de poucos negócios. No CIF de São Paulo, o preço ficou em R$ 1.500,00/tonelada na compra e em R$ 1.530,00/tonelada na venda, com 12% de ICMS e 30 dias para pagamento. No Rio Grande do Sul, também foram poucos os negócios. Quanto aos preços, a semana fechou com um recuo em relação à semana anterior. Assim, o produto com 12% de ICMS e 30 dias para pagamento, recuou para R$ 1.530,00 tonelada na compra e R$ 1.550,00/tonelada na venda.

Afora isso, notícias referentes ao acordo realizado entre os governos brasileiro e chinês, sobre as questões sanitárias que envolvem o comércio da soja e óleo de soja, o Ministério da Agricultura brasileiro informou que a China não mudou a regra sobre o teor de solvente utilizado no óleo de soja (um dos principais entraves às negociações com a China). O que se tem, na prática, é que os chineses estão exigindo um limite máximo de 100 miligramas de solvente por quilo do produto. O óleo exportado pelo Brasil tem um teor de cerca de 600 miligramas por quilo, por ser o produto bruto. Paralelo a isso, das negociações também resultou a aceitação por parte da China de pequeno nível de tolerância do fungicida Carboxin nos carregamentos de soja em grão brasileira (fato que no ano passado não foi aceito). O Ministério da Agricultura informou que os chineses estão dispostos a aceitar até 0,2 p.p.m (partes por milhão) de Carboxin nos carregamentos de soja.

Além disso, foram discutidas também questões acerca do texto da circular 73, do governo chinês, que exige que os exportadores declarem conhecer toda a legislação chinesa sobre a soja. Segundo os técnicos brasileiros, ficou acertado que essa exigência não será mais considerada.

COTAÇOES:

1) MERCADO INTERNACIONAL:

- fechamento do grão de soja em Chicago no dia 21/01/05 (contrato março): US$ 5,16/bushel contra US$ 5,42/bushel na sexta-feira anterior (contrato janeiro).

- fechamento do farelo de soja em Chicago no dia 21/01/05 (contrato março): US$ 155,80/tonelada curta contra US$ 162,80/tonelada curta na sexta-feira anterior (contrato janeiro).

- fechamento do óleo de soja em Chicago no dia 21/01/05 (contrato março): 19,58 centavos de dólar por libra-peso contra 19,67 centavos de dólar por libra-peso na sexta-feira anterior (contrato janeiro).

2) MERCADO NACIONAL:

2.1) MÉDIA SEMANAL AO PRODUTOR GAÚCHO (dia 20/01/2005):

- R$ 29,65/saco contra R$ 30,11/saco na semana anterior.

2.2) MERCADO DE LOTES ENTRE INDÚSTRIAS - média de compra e venda:

- Passo Fundo: R$ 33,50/saco contra R$ 34,50/saco na semana anterior.

- Santa Rosa: R$ 33,50/saco contra R$ 34,00/saco na semana anterior.

2.3) EM OUTROS ESTADOS EM NÍVEL DE LOTES ENTRE INDÚSTRIAS - média de compra e venda

2.3.1) PARANÁ

- Cascavel: R$ 32,50/saco contra R$ 33,00/saco na semana anterior.

2.3.2) MATO GROSSO - média de compra e venda

- Rondonópolis: R$ 29,00/saco contra R$ 29,50/saco na semana anterior.

2.3.3) MATO GROSSO DO SUL - média de compra e venda

- Ponta Porã: R$ 30,00/saco contra R$ 30,70/saco na semana anterior.

2.3.4) GOIÁS - média de compra e venda

- Rio Verde: estável em R$ 30,50/saco.

2.3.5) BAHIA - média de compra e venda

- Barreiras: R$ 28,75/saco contra R$ 28,00/saco na semana anterior.



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